Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Renan Oliveira e Laís Lúcia, com a rainha Laynara TellesNelson Malfacini/Site Carnavalesco
O comércio nas ruas atrai várias etnias, como: árabes, turcos, entre outros. Todos atraídos pelo comércio que estava a prosperar e com a multiplicação dos camelôs através dos tempos nos mercados, trens, ônibus, nas praias sob sol escaldante, bem como nas feiras livres. São batalhadores incansáveis, sempre com um sorriso no rosto e bordões que fazem o povo sorrir: “moça bonita não paga, mas também não leva!” “chora que a mamãe paga” e “olha o ovo que a galinha chorou”.
É o comércio ambulante pulsando nas veias da cidade, contribuindo com a economia, criando mitos e heróis. Entre os mais famosos temos Sílvio Santos, que saiu das ruas da Lapa para a tela da televisão, David Portes, que começou a vender doces nas ruas do Rio e hoje é um milionário palestrante mundial e dono de franquias e Rick Chester, que de vendedor de água nas ruas de Copacabana se tornou um rico influencer e palestrante da Universidade de Harvard nos Estados Unidos.
Os camelôs não se restringiam às ruas, eles também estão presentes nos mercados populares em todo o país, como Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará; o Mercado Modelo, em Salvador, na Bahia; o Centro de Tradições Nordestinas, no Pavilhão de São Cristóvão, no Rio de Janeiro; o Mercadão de Madureira, também no Rio de Janeiro; o Mercado Municipal de São Paulo e o Mercado Municipal de Belo Horizonte, na Central do Brasil.
Na Uruguaiana, os camelódromos trazem reunião de ambulantes de quase todo mundo para comprar e vender as mais diversas mercadorias nacionais e importadas (vindas de vários países). No passado os produtos vinham do Paraguai e atualmente a predominância nas lojas é de mercadoria chinesa, graças a uma parceria comercial entre Brasil e China que completa 50 anos em 2024.
Sendo assim, a Inocentes de Belford Roxo vem mais uma vez exaltar a arte desses heróis anônimos que ajudam, através da sua arte de vender, a impulsionar a economia do Brasil com muito bom humor, alegria e simpatia.
E assim seguimos o caminhar do comércio ambulante e percorrendo a sua trajetória constante como um elo que une o passado ao presente, contribuindo assim para o crescimento da nossa nação.
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