Por felipe.martins

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregou ontem os 32 volumes do processo de impeachment ao Senado e pediu rapidez aos senadores. De acordo com ele, o país viverá um momento de um “meio governo”.“A representação do governo deixou de existir. Porque deixou de existir para a Câmara este governo.

Por isso que a celeridade do Senado é tão importante”, afirmou Cunha. Para ele, nenhuma matéria relevante terá condições de ser votada na Câmara enquanto o processo de impeachment estiver paralisado no Senado.  “A demora é muito prejudicial para o País, porque você está com um governo que ficou meio governo. Ou ele vira de novo governo, ou deixará de ser governo. A demora não é boa para o país nem para o próprio governo”, afirmou Cunha. 

Cunha e Renan%3A impeachment saiu da Câmara e foi para o SenadoAgência Brasil

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), garantiu que os senadores examinarão o caso “com ponderância e com respeitos às leis, sem pressa nem vagareza”. Ontem, em reunião com integrantes da cúpula do PMDB, Renan ressaltou que é preciso ter “cautela” e que o trâmite do processo de impeachment no Senado deve seguir estritamente o que prevê o regimento interno.

No encontro, os senadores detalharam o calendário de votação. A previsão é de que a comissão especial que será montada no Senado para votar a admissibilidade do processo deve concluir os trabalhos em 10 de maio.
Se o processo for aceito, Dilma fica afastada da presidência por até 180 dias. Renan calcula que a votação do processo no plenário do Senado ocorra em 21 de setembro, uma quarta-feira.

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