Por luana.benedito
Brasília - O Plenário da Câmara dos Deputados foi  invadido por cerca de 40 manifestantes por volta das 15h30. Uma porta de vidro foi quebrada e uma mulher se machucou. Do lado de fora, a estimativa era de 800 pessoas protestando.
O protesto é contra as medidas do pacote anticorrupção que afetam o Poder Judiciário. Um dos participantes afirmou: “Estão entregando o nosso País aos bandidos. A nossa riqueza está indo embora”. Alguns manifestantes pedem intervenção militar, outros se dizem “pró-ditadura”. Um dos manifestantes, Jeferson Vieira Alves, é empresário da construção civil e disse que o protesto foi combinado via WhatsApp e reúne pessoas de várias partes do País. “Viemos hoje fechar o Congresso Nacional”, disse. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) definiu o grupo de manifestantes como “radical”.
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No momento da invasão, seis deputados estavam no plenário, com sessão presidida por Waldir Maranhão (PP-MA). O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) tentou proteger o presidente e alertou aos manifestantes que não fossem violentos, pois a Casa tem sistema de câmeras de segurança.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) comparou os manifestantes do plenário com os de Mariana, cidade atingida pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco: “os pobres manifestantes de Mariana só escreveram com água suja e foram presos”. O parlamentar acredita que a manifestação se trata de “armação da ultra-direita animadas com (Donald) Trump” e que esta é a “semente do fascismo”.
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A imprensa foi expulsa do plenário pelos seguranças da Casa. O deputado Beto Mansur (PRB-SP) negociou com os manifestantes a saída deles do local.
A Polícia trabalha com a estratégia de apagar a luz e o ar-condicionado para esvaziar o plenário.

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