Por thiago.antunes
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), recebeu da Odebrecht doações em dinheiro vivo para as campanhas de 2010 e 2014, de acordo com executivos da empreiteira que assinaram acordos de delação premiada. As doações foram relatadas em depoimento aos procuradores da Operação Lava Jato.
O dinheiro teria sido entregue a pessoas bem próximas ao governador. Em 2010, o irmão da primeira-dama Lu Alckimin, Adhemar Ribeiro teria recebido R$ 2 milhôes em um escritório na capital paulista. Em 2014, o atual secretário de Planejamento de Alckimin, Marcos Monteiro, teria recebido uma quantia ainda não revelada.
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O Tribunal Superior Eleitoral não registrou nenhuma doação da empreiteira à campanha do governador tucano. Apenas uma empresa que faz parte do grupo, a petroquímica Braskem, destinou R$ 100 mil, em 2010, e R$ 200 mil, oficialmente, ao PSDB de São Paulo.
O codinome de Alckimin nas planilhas apreendidas na Odebrecht era "Santo", em referência à conhecida ligação de Alckimin com setores da Igreja Católica. O governador Geraldo Alckmin afirmou, em nota enviada ao jornal Folha de São Paulo, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vaxzadas de delações não homologadas".