Por thiago.antunes
Brasília - O surto de febre amarela não dá o menor sinal de desaceleração. Desde o início do ano, são 857 os registros de casos suspeitos em todo o país. Ontem, mais um estado entrou para a estatística, o Tocantins. Em meio ao surto, o governo exonerou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.
No dia 26 de janeiro, Hage havia admitido que a velocidade de expansão havia supreendido o governo e que o ministério não tinha uma explicação para o fato. Naquele momento, os casos suspeitos eram 550.

Desde eñtão, o aumento de casos suspeitos foi de 55%, com 302 registros a mais. Goiás e Distrito Federal saíram ontem da lista de locais afetados, já que os casos que estavam em investigação foram descartados.

Fiocruz aumentou produção de vacinas para 9 milhões de doses por mêsAgência Brasil

Para o lugar de Hage, foi nomeado João Paulo Toledo, que era coordenador-geral de Ações Estratégicas em DST, AIDS e Hepatites Virais da pasta.  No total, 128 mortes relacionadas à doença foram notificadas, com 47 confirmadas como resultantes da febre amarela, 78 ainda investigadas e três descartadas.

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O Ministério da Saúde informou que continua enviando doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados com registro de casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos.
No total, 7,5 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (3,5 milhões), Espírito Santo (1,7 milhão), Bahia (900 mil), Rio de Janeiro (700 mil) e São Paulo (700 mil).
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A vacinação é rotina é em 19 estados com recomendação para imunização, o que não é o caso do Rio de Janeiro. Por conta do surto, no entanto, as pessoas que vivem no noroeste do Estado do Rio devem se vacinar. A Fiocruz aumentou a produção de vacinas, que passou de 4 milhões para 9 milhões de doses por mês.