A atual fase emergencial foi prorrogada até 31 de maio, mas a ocupação máxima permitida em igrejas, restaurantes, salões de beleza, academias de ginástica, espaços culturais e outros estabelecimentos comerciais e de serviços subirá de 30% para 40% a partir de segunda-feira, 24. No mês seguinte, de 1º a 15 de junho, o atendimento presencial nesses setores poderá ocorrer por uma hora a mais, até as 22 horas, e com ocupação máxima de 60%.
Doria chamou a mudança de uma "nova fase" da fase de transição. A partir de 1º de junho, o toque de recolher passará a valer entre as 22 e as 5 horas, diariamente.
O calendário deste mês prevê início da vacinação para pessoas com deficiência permanente e comorbidades de 45 a 49 anos em 21 de maio (cujo público estimado é 695 mil pessoas) e pessoas com deficiência permanente e comorbidades de 40 a 44 anos em 28 de maio (760 mil pessoas). As demais faixas etárias desses grupos prioritárias serão vacinadas em junho, conforme projeção estadual.
Neste momento, está ocorrendo a imunização de pessoas com comorbidades a partir de 50 anos, grávidas e puérpuras de 18 anos ou mais com comorbidades e motoristas e cobradores de ônibus. O governador destacou que a ampliação da vacinação dos profissionais de educação para a faixa etária de 18 anos a 46 anos ocorrerá de alguma data a ser definida entre 21 e 31 de julho, a fim de permitir um avanço nas aulas presenciais no segundo semestre.
Regiane de Paula, coordenadora geral do Programa Estadual de Imunização, ressaltou que as estimativas dependem do cumprimento do calendário vacinal pelo Ministério da Saúde. "Nós precisamos dar celeridade a esse processo."
São Paulo terá eventos teste para estudar novas flexibilizações
Além disso, Doria anunciou a realização de eventos teste em ambientes controlados a partir de junho. Segundo a secretária estadual do Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, a "força-tarefa" terá testagem rápida por antígeno (com resultado em cerca de 15 minutos), controle de público e acompanhamento dos participantes nas semanas seguintes.
"Para entender com cautela e responsabilidade o que pode avançar nas próximas etapas", explica. O modelo ainda está em desenvolvimento e será anunciado nas "próximas semanas", com a realização prevista para ocorrer em parceria com a iniciativa privada.
Número de internações está em curva ascendente desde 6 de maio
Na coletiva, o coordenador-executivo do Centro de Contingência, Paulo Menezes, admitiu que os dados da doença seguem em "patamares elevados", tanto em internações quanto em óbitos e casos, mas avalia que a tendência é de estabilização nas próximas semanas. A média móvel de novas internações (calculada com dados dos últimos sete dias) relacionadas ao novo coronavírus no Estado está em uma curva ascendente desde 6 de maio, quando marcava taxa de 2.195 hospitalizações por dia, chegando a 2.376 na terça-feira, 18.
O número é superior ao pico da pandemia de 2020, quando chegou a 1.972 em 16 de julho, embora seja inferior ao auge desde ano, quando se alcançou o patamar de uma média de 3.999 hospitalizações em 26 de março. Além disso, a taxa é superior à registrada antes do agravamento da segunda onda, quando era 1 445 hospitalizações, em 16 de fevereiro. No início de novembro, essa média era de 840.
"Estamos cientes que estamos com números em patamares elevados", afirmou João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência. Para ele, contudo, embora especialistas projetem a possibilidade de uma terceira onda, a tendência é de estabilização.
"Se nós tivermos uma garantia, uma segurança, de que 95%, 96% da população esteja usando máscaras, nós temos uma projeção positiva da pandemia. Se tivermos um comportamento das pessoas que são vacinadas de que não podem voltar à vida normal, que precisam ainda manter distanciamento, as medidas de precaução, nós vamos ter logo adiante redução do número de casos e redução do número de internações", alegou.
"Países passaram por isso, e nós vamos passar também. Nós acreditamos que nos próximos 15, 30 dias, no máximo, até a metade do mês que vem, nós vamos conviver com números elevados", comentou. Segundo ele, a velocidade de vacinação será uma das principais variáveis para a redução das taxas.
De acordo com a Secretaria da Saúde, a média de ocupação é de 79% em UTI. Ao todo, são 105.852 óbitos e 3.129.412 casos confirmados da doença no Estado, além de 10.129 hospitalizados em UTI e 11.983 em vagas de enfermaria.
Até as 12h21, o "Vacinômetro" estadual apontava 15.069.219 vacinas aplicadas contra a covid-19, das quais 5.147.899 de segunda dose.