Brasília - Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram adiar o julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. A sessão da manhã desta terça-feira resultou na maioria dos ministros acatando o pedido feito pelos advogados da ex-presidenta Dilma Rousseff, que requereram prazo de mais cinco dias para apresentar defesa.
O julgamento ainda não tem data para ser retomado, mas na próxima semana será Páscoa e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, terá viagens oficiais.
No início da sessão, Flávio Caetano, advogado de Dilma, pediu mais cinco dias de prazo para a defesa. O relator do processo, ministro Herman Benjamin, concedeu três dias para novas alegações, mas votaram a favor da defesa os ministros Napoleão Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio e o presidente, Gilmar Mendes. Luiz Fux acompanhou o relator.
Os advogados do PSDB e o Ministério Público Eleitoral (MPE) também concordaram com o adiamento.
Novos depoimentos
Benjamin também acatou pedido da defesa de Dilma Rousseff para que fosse ouvido o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que teria sido citado por delatores da empreiteira Odebrecht como envolvido no recebimento de recursos não declarados.
O ministro também aceitou o pedido do MPE para que sejam ouvidos também o marqueteiro de Dilma em 2014, João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e André Santana, funcionário dela. No entanto, o relator negou depoimentos dos presidentes nove partidos da coligação de Dilma, pedido solicitado pelos advogados da ex-presidente.
Com informações da Agência Brasil