Por caio.belandi

Brasília - Sem citar diretamente a lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer pediu para "sair um pouco" do tema e, durante cerimônia de atos em prol das mulheres, afirmou que "não podemos jamais paralisar a atividade legislativa". "Temos que dar sequência ao governo, à atividade legislativa e judiciária", disse. Após a divulgação da lista do ministro, que atingiu diversos parlamentares e membros da cúpula do governo, umas das preocupações é com o atraso e o impacto na reforma da previdência, tida como a principal bandeira de Temer.

O presidente disse ainda que é preciso dar atenção a pequenos atos e que "muitas e muitas vezes é preciso se recordar das coisas mais triviais nas instituições brasileiras". "Porque aqui no Brasil, se nós não tomarmos cuidado, daqui a pouco, não deixamos, o Executivo não opera, o Legislativo não opera, o Judiciário não opera. E não é assim", afirmou.

Michel Temer falou sobre a lista de Fachin durante evento em prol das mulheresBeto Barata/PR

Temer reforçou ainda que tem tido apoio do Congresso e ressaltou a independência do Judiciário. "O meu governo tem tido um apoio especial, especialíssimo do Congresso. Quero ressaltar que um governo só funciona porque tem o apoio do Congresso. E, evidentemente, nas eventuais divergências ou interpretações, quem vai dar a palavra final é o Judiciário. E isso que temos que prestigiar cada vez mais", afirmou.

Você pode gostar