Por thiago.antunes

Rio - Para conseguir aprovar, em 2013, uma Medida Provisória que reduzia a cobrança de impostos no setor químico, beneficiando a empresa Braskem, do grupo Odebrecht, a empreiteira diz ter pago R$ 7 milhões a parlamentares. Entre os beneficiários estariam os atuais presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Também teriam recebido repasses, segundo o ex-executivo Benedicto Júnior, os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) e o deputado Lúcio Viera Lima (BA), também da sigla.

O presidente da Câmara ainda será investigado em um outro inquérito. Em sua delação premiada, Benedicto disse que pagou, a pedido de Rodrigo Maia, R$ 950 mil para as campanhas eleitorais do partido Democratas em 2008 e 2010.

O ex-funcionário da Odebrecht alegou que a intenção da empresa era manter uma relação próxima de Maia e do pai dele, César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro. “Essas duas pessoas tinham poder de influência no sistema político do Rio de Janeiro muito grande. Era objetivamente ter uma relação próxima e de confiança com o Rodrigo e o César”, explicou.

O delator afirma que os recursos não foram declarados à Justiça, o que configuraria Caixa 2. Rodrigo Maia afirmou que são falsas as citações dos delatores.

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