Brasília - O presidente Michel Temer disse, nesta terça-feira, que a denúncia de corrupção passiva, feita contra ele pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "é uma ficção" e uma "infâmia de natureza política".
A Procuradoria-geral da República (PGR) denunciou Temer na segunda-feira por ter cometido o crime de corrupção passiva ao ter recebido propina no valor de R$ 500 mil de Joesley Batista, um dos donos da gigante da proteína animal JBS, tornando-o, assim, o primeiro presidente em exercício a ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF), em um processo que pode lhe custar o cargo.
“Fui denunciado por corrupção passiva, sem jamais ter recebido valores, nunca vi o dinheiro e não participei de acertos para cometer ilícitos. Afinal, onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem”.
Ficção
O presidente classificou a denúncia de ficção. "Criaram uma trama de novela. A denúncia é uma ficção", disse.
Gravação é ilícita
Sobre a gravação da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, Temer afirmou que a gravação é uma prova ilícita e não pode ser aceita pela Justiça.
A denúncia de Janot foi enviada ao ministro Edson Fachin, relator da investigação envolvendo o presidente, e só poderá ser analisada pelo Supremo após a aceitação de 342 deputados federais o equivalente a dois terços do número de deputados da Câmara. O advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que presidente é inocente das acusações de prática de corrupção.
Com informações da Agência Brasil