Brasília - Michel Temer destacou nesta quarta-feira a colaboração, que classificou como "extraordinária", do Congresso às agendas de seu governo, num momento em que a reforma da Previdência é negociada com parlamentares.
Na visita que faz a Itu, interior de São Paulo, nesta quarta, feriado da Proclamação da República, o presidente citou a harmonia e o diálogo entre os Poderes como princípios republicanos que, segundo ele, foram "colocados em ação" desde o primeiro dia de seu governo.
"Se nós não prestigiarmos certos princípios constitucionais, a tendência é caminhar ao autoritarismo e para certa centralização", comentou o peemedebista, após realçar a aliança do governo com o Legislativo. "Temos uma colaboração extraordinária com o Congresso Nacional.".
O presidente comentou que o governo também dialoga com a sociedade ao citar a interlocução com empregadores e centrais sindicais na reforma trabalhista que entrou em vigor no sábado.
Visita à Itu
O presidente chegou a Itu sob forte aparato policial para entregar o título de cidadão ituano ao empresário e amigo José Eduardo Bandeira de Mello. Acompanhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do ministro Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo,Temer chegou de helicóptero e, após desembarcar no Quartel do Exército, seguiu para o prédio da prefeitura.
Recebido pelo prefeito Guilherme Gazzola (PTB), Temer foi ao gabinete do prefeito e fez um rápido despacho, tornando a cidade, simbolicamente, a capital do país no dia em que se comemora a proclamação da República. Do lado, de fora, com o prédio cercado por forças da Polícia Militar, cerca de 20 manifestantes do PSol e do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), levaram faixas de "Fora Temer", aos gritos contra a reforma da Previdência.
Depois de receber o título das mãos do presidente, o homenageado fez discurso louvando o amigo. "Michel Temer mexeu em vespeiros, em marimbondos poderosos, e fez a reforma na Consolidação das Leis do Trabalho, uma carta fascista, cópia da obra de Mussolini", disse. Encerrou o discurso dizendo que Temer "não é político e, sim, um estadista".
Com informações do Estadão Conteúdo