Após receber o pedido de demissão, o presidente Michel Temer agradeceu ao tucano pelo que fez pelo governo e pelo país. "Os momentos difíceis a que você alude na carta foram enfrentados todos por mim, mas com seu apoio permanente. A sua ponderação, o seu equilíbrio e a sua firmeza foram fundamentais para que não só atravessássemos momentos delicados, mas especialmente porque o Brasil não parou. Eu, o governo e o país devemos muito a você", afirmou o presidente em carta enviada ao ministro. Ao final, Temer afirma que sabe que, no parlamento, Imbassahy continuará a defender os interesses do Brasil.
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Em carta de três páginas enviada ao presidente, Imbassahy disse que foi um grande desafio atuar na função em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, "em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais". "Agora precisamos novamente do apoio do Congresso para avançar com a reforma da Previdência, garantindo sustentabilidade ao sistema em benefício das próximas gerações", escreveu o ex-ministro, que reassumirá seu mandato de deputado federal.
Ao dizer que "novas circunstâncias se impõem no horizonte", o ex-ministro afirma que o PSDB "decidiu apoiar o governo sem contrapartida alguma, além de um compromisso programático".
Na prática, a saída de Imbassahy da equipe dilui o impacto político da convenção do PSDB, que será realizada neste sábado, em Brasília. "Esse questão do desembarque é página virada", disse o líder da bancada do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP)