Setor gerou mais de 24 mil novos empregos no último ano - Divulgação/Ministério do Turismo
Setor gerou mais de 24 mil novos empregos no último anoDivulgação/Ministério do Turismo
Por O Dia

Brasília - Nem as previsões mais otimistas conseguiram antecipar o que acabou acontecendo nos mercados onde foi aberta a possibilidade de obtenção de visto eletrônico para os turistas entrarem no Brasil. Este visto é feito pela internet em qualquer lugar e com tempo de resposta inferior a 72 horas.

No primeiro balanço feito após a adoção da medida, levando-se em conta os primeiros 15 dias do mês de fevereiro, comparado ao mesmo período de 2017, o Ministério das Relações Exteriores registrou um aumento de 70% nos pedidos de visto nos Estados Unidos.

Também foi apontado um aumento de 26% nos pedidos feitos no Japão, assim como de 57% na Austrália. O Canadá, no entanto, sofreu um aumento de apenas 4% por conta da falta de ações especiais de divulgação do visto eletrônico, que está planejada para ocorrer nos próximos meses pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) .

O presidente do Instituto, Vinicius Lummertz, que está responsável pela promoção do Brasil no exterior, comentou que apesar de sempre acreditar no sucesso da divulgação, ficou surpreendido com a rápida resposta dos mercados emissores. “Quando estivemos em Nova York para fazer o lançamento para o mercado norte-americano, ouvimos dos líderes daquele país que eles esperavam contar com o dobro de turistas em direção ao Brasil em poucos anos. Mas esse primeiro balanço foi fantástico. Indicam que essa meta pode até ser ultrapassada”, resumiu Lummertz.

Os Estados Unidos são o segundo maior país emissor de turistas para o Brasil, ficando atrás somente da Argentina. Mas, enquanto cada argentino deixa US$ 50 por dia no País, os americanos gastam 73 dólares diários, em média. Atualmente, 550 mil norte-americanos visitam anualmente o Brasil. Se essa previsão for concretizada, teremos, em três ou quatro anos, mais de 1,2 milhões de turistas americanos visitando o Brasil. A receita anual de US$ 710 milhões saltaria para mais de US$ 1,5 bilhão.

O balanço do Ministério das Relações Exteriores indica ainda que o visto eletrônico está com grande aceitação. Em todos os consulados brasileiros, onde a iniciativa está sendo adotada, é possível optar pelo método tradicional, quando a pessoa procura o consulado para encaminhar os documentos e aguarda ser chamada. Porém, ao saber da possibilidade de realizar o visto eletrônico, os turistas preferem esta possibilidade. Na Austrália, onde a iniciativa está implantada desde novembro, 98% já são emitidos via internet. Nos EUA, o novo método já foi escolhido por 65% dos turistas, no Canadá, 72% e, no Japão, 33%.

O próximo passo para o presidente da Embratur é conseguir implantar o visto eletrônico para os turistas chineses. “Não podemos deixar passar essa oportunidade. Está claro que o turista estrangeiro busca países onde encontra facilidades como o visto. A China tem um potencial enorme. São 130 milhões de chineses viajando anualmente pelo mundo. Pouco mais de 50 mil vem para o Brasil. Temos natureza, cultura, gastronomia. Mas é preciso facilidades para o visto de entrada, maior conectividade e voos mais baratos” destacou Vinicius Lummertz.

 

Você pode gostar
Comentários