Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha, em Tremembé - Reprodução / Google Street View
Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha, em TremembéReprodução / Google Street View
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Um jovem de 18 anos foi detido, na manhã desta terça-feira, depois de invadir e passar a noite em um presídio, em Tremembé, no interior de São Paulo. O fato inusitado, já que normalmente são registradas tentativas de fuga das unidades, aconteceu no Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha, que abriga 2.315 presos do regime semiaberto.

Ainda não se sabe ao certo como o rapaz conseguiu burlar a vigilância e ingressar na unidade. A presença dele foi notada pelos agentes penitenciários.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o invasor estava ferido e sangrava muito. A Polícia Militar foi acionada, mas antes da chegada dos agentes, o quadro dele piorou e a administração da unidade providenciou sua remoção para o Pronto-Socorro de Taubaté.

Com fraturas no braço, no dedo polegar e outros ferimentos, ele acabou transferido para o Hospital Regional da cidade, onde passaria por cirurgia. O rapaz ainda será ouvido pela Polícia Civil para explicar o que o levou a invadir o presídio.

A suspeita é de que ele tenha levado drogas ou celulares para algum dos presos. Durante a revista feita pelos policiais, nada de ilícito foi encontrado com ele.

Jovem teria escalado alambrados

De acordo com a SAP, em decorrência da invasão, a unidade foi trancada para revista geral e a ala onde aconteceu o fato está em regime de observação até a apuração do caso.

"Cabe enfatizar que, durante rondas de vistorias de praxe, nenhum indício de violação de cercas ou alambrados foi constatado. O que deixou claro que o invasor escalou os alambrados, vindo a se ferir gravemente nos ouriços de segurança".

Ainda segundo a secretaria, as unidades penais do regime semiaberto não dispõem de vigilância armada, nem são cercada por muralhas.

"A permanência do preso, nesse regime, se caracteriza muito mais pelo senso de disciplina e autorresponsabilidade, do que propriamente por mecanismos de contenção", informa.

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