Trata-se da investigação sobre desvios nas obras da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro - Jefferson Rudy/Agência Senado
Trata-se da investigação sobre desvios nas obras da Cidade Administrativa, sede do governo mineiroJefferson Rudy/Agência Senado
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - A defesa de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pediu nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o adiamento do julgamento marcado para a próxima terça-feira, quando a Primeira Turma da Corte decidirá se aceita ou não a denúncia contra ela, o senador Aécio Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG).

Todos negam irregularidades e foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito do mesmo inquérito, com base na delação de executivos da J&F. Se o pedido da defesa de Andréa Neves for aceito pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, o julgamento do tucano também será adiado.

O advogado Marcelo Leonardo, responsável pela defesa de Andrea, alega que tem que defender um cliente na mesma data e no mesmo horário previsto para a discussão do recebimento ou não da denúncia no STF.

O caso é referente ao inquérito no qual o tucano é acusado dos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Entre as acusações está a gravação na qual o senador pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F. O senador responde a nove inquéritos no Supremo, sendo cinco derivados das investigações da Odebrecht e dois ligados às delações da JBS.

Também são acusados de corrupção passiva nesse inquérito a irmã do senador, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima.

Por meio de nota, a defesa de Aécio afirmou na última terça-feira, 10, que o senador "vem demonstrando que ele foi vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos" e que "buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico". "As provas revelam que o empréstimo pessoal feito ao senador não envolvia dinheiro público ou, como reconheceu a própria PGR, qualquer contrapartida. Assim, inexiste crime ou ilegalidade na conduta do senador Aécio", afirma o advogado Alberto Zacharias Toron.

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