A advogada Marcia Koakoski foi vítima de ataque em acampamento - site do PT
A advogada Marcia Koakoski foi vítima de ataque em acampamentosite do PT
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Curitiba - Os tiros disparados contra integrantes do acampamento Marisa Letícia em apoio ao ex-presidente Lula, preso em Curitiba, na madrugada de sábado, teriam sido precedidos por ameaças de morte. Relatos da advogada Marcia Koakoski, 42 anos, que ficou ferida no episódio, revelam que um dos agressores teria dito: "Vou voltar aqui e vou te matar", direcionado a vigilantes voluntários responsáveis pela segurança dos militantes que estão no local desde 7 de abril. O grupo está a um quilômetro da sede da PF, onde o ex-presidente está preso.

Em declaração divulgada em vídeo na internet, a advogada denunciou ainda ter ouvido gritos de "Bolsonaro presidente". No episódio do ataque, também ficou ferido o segurança voluntário Jeferson Lima de Menezes, atingido por tiro no pescoço. Menezes deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador. Seu estado de saúde é estável.

BOLSONARO PRESIDENTE

"Acordei a uma e meia da manhã, com uma freada brusca de carro. Ouvi gritos de 'Bolsonaro presidente', e xingamentos aos vigilantes que estavam ali", disse a advogada ferida por estilhaços e que está há dois dias no acampamento.

Marcia informou que os vigilantes dispararam fogos de artifício para afugentar os agressores. A advogada comentou ainda que antes dos tiros houve momento de normalidade. "A gente achou que eles tinham ido embora mas. Depois, começou uma gritaria, com fogos e tiros. Eu estava num banheiro químico nessa hora e ouvi pessoas gritando: 'Tem baleado, tem baleado'. E foi quando ouvi um estouro e um impacto em meu ombro."

Ela disse que voltou ao banheiro químico para ver se alguma parte da estrutura do acampamento havia sido afetada, ao perceber buraco na parede do banheiro, indicando que um projétil havia passado, estourou a saboneteira e atingiu seu ombro. "Por pouco, por centímetros mesmo, não fui atingida pela bala", disse.

PRIMEIRO DE MAIO

Esquema especial de segurança deverá ser montado pela Secretaria de Segurança do Paraná para as comemorações, amanhã, do Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, em Curitiba. Entidades sindicais organizaram ato na Praça Santos de Andrade, região central, a partir das 14h, com participação de artistas.

Às 16h, haverá ato político com entidades sindicais, representantes de movimentos populares e políticos.

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