Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB.
Souza é suspeito de coagir uma mulher acusada no processo que investiga desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre 2009 e 2011 (governos Serra e Alckmin). De acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo, ao menos três ameaças foram recebidas por ela e sua irmã nos últimos dois anos.
"(...) Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso. Publique-se. Comunique-se, com urgência. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República para parecer", anotou Gilmar.
Na última segunda-feira (7), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, um pedido de liberdade de Paulo Vieira de Souza.
Conhecido como Paulo Preto, o ex-diretor atuou em gestões do PSDB no governo paulista. Ele foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) no início do mês passado, sob a suspeita de participação em um esquema de desvio de recursos em diversas obras na região metropolitana de São Paulo, entre os anos 2009 e 2011, entre elas a construção do Rodoanel.
Depois de ter sido nomeado pelo então governador José Serra diretor de engenharia da Dersa (empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo), em 24 de maio de 2007, o engenheiro abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra, na Suíça, conforme revelou a Folha de São Paulo. Durante a gestão Serra, ainda segundo a reportagem, as contas receberam 'numerosas entradas de fundos'.
*Com informações do Estadão Conteúdo