O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, no Palácio do Planalto - Valter Campanato / Agência Brasil
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, no Palácio do PlanaltoValter Campanato / Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, classificou como tardio o pronunciamento do presidente Michel Temer para tentar solucionar a crise de abastecimento gerada pela paralisação dos motoristas. Para o líder da entidade que não concordou com o acordo firmado na quinta-feira o uso da força citado por Temer vai tornar ainda mais difícil o fim da paralisação.

"O uso da força vai tornar ainda mais difícil acabar com a mobilização porque essa estratégia vai gerar resistência", disse o presidente da entidade ao Broadcast, serviço de notícias do Grupo Estado. Para Fonseca, se forças de segurança tentarem retirar caminhoneiros a força, "haverá gente presa, machucada e muita confusão".

"Essa foi uma reação tardia e acontece cinco dias após o início do movimento. A situação não precisaria do uso da força para ser resolvida", disse. Fonseca rejeita a afirmação de Temer que apenas uma "minoria radical" segue na estradas. "O número de manifestantes mostra que não somos minoria. Ao contrário, somos a maioria do movimento e que não está de satisfeito com o acordo feito ontem", disse o dirigente.

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