O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun - Antonio Cruz / Agência Brasil
O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos MarunAntonio Cruz / Agência Brasil
Por Agência Brasil

Brasília - Após o Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciar, nesta segunda-feira, à Justiça o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS e ex-executivo do Grupo J&F, e o ex-procurador da República Marcello Miller pelo crime de corrupção, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse esperar que “as investigações prossigam”.

“Eu tenho convicção que mais gente da antiga cúpula da Procuradoria-Geral da República deve explicações e se as investigações se aprofundarem provavelmente também serão denunciados”, disse Marun.

De acordo com a denúncia, na gestão do ex-procurador da República Rodrigo Janot, Marcello Miller atuou em favor da J&F durante o processo de assinatura do acordo de delação. Segundo a acusação, documentos trocados entre Miller e integrantes do escritório de advocacia que o contratou comprovariam o “jogo duplo” no caso.

Para Marun, na antiga gestão da PGR, existiu “total apatia” do Ministério Público em relação à “evidente participação ilegal e indevida” do ex-procurador Marcello Miller no episódio.

Perguntado sobre o ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, Marun disse ter convicção de que ele já sabia o que estava ocorrendo dentro da PGR em relação aos atos praticados por Marcello Miller.

A defesa do ex-procurador sustentou no processo que ele “nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F ou qualquer empresa e o procurador-geral da República Rodrigo Janot ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal”.

Você pode gostar