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É só navegar pelas mídias sociais que percebemos as pessoas buscando aceitação, curtidas e comentários. Hoje, há muitos jovens que, para se adequar a padrões artificiais e inatingíveis, tem a sensação de que devem ser diferentes. Fazem retoques da própria imagem com medo da rejeição. Essa sensação de desajustamento cria medos e incertezas. Há, os que sofrem quando não são aceitos virtualmente, outros temem não conseguir encontrar uma segurança afetiva e ficar sozinhos. Tem também aqueles que sofrem por não conseguir o trabalho que almejam.

Nos momentos em que se aglomeram em nosso coração as dúvidas e os medos, torna-se necessário o discernimento. Este nos permite pôr ordem na confusão dos nossos pensamentos e sentimentos, para agir de maneira justa e prudente. Neste processo, o primeiro passo para superar os medos é identificá-los. Por isso, é importante dar nome aos nossos medos: na situação concreta que estou vivendo, o que me angustia, o que mais temo? O que me impede de avançar? Não podemos ter medo de olhar, honestamente, para os nossos medos, reconhecê-los e enfrentá-los. A Bíblia não nega o sentimento humano do medo, nem os inúmeros motivos que o podem provocar. Abraão e Jacob tiveram medo, e de igual modo também Moisés, Pedro, e os Apóstolos. "Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?". Esta advertência de Jesus aos discípulos nos faz compreender como muitas vezes o obstáculo à fé não é a incredulidade, mas o medo. Neste sentido, o trabalho de discernimento, depois de ter identificado os nossos medos, deve nos ajudar a superá-los. Para nós, cristãos, o medo nunca deve ter a última palavra, mas deve ser ocasião para realizar um ato de fé em Deus e na vida!

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