Rio - O presidenciável Cabo Daciolo (Patriota) continua a surpreender em sua primeira candidatura a presidente da República. Ele subiu o Monte das Oliveiras, na Zona Oeste do Rio, para jejuar e se preparar para o debate desta sexta-feira, às 22h, na RedeTV!. Daciolo se destacou no primeiro debate entre os presidenciáveis, no último dia 09, na TV Bandeirantes, ao dirigir uma pergunta inusitada a Ciro Gomes (PDT) sobre o Foro de São Paulo e o Plano Ursal, uma teoria conspiratória compartilhada na internet como um projeto de dominação comunista, que repercutiu largamente na internet.
Confira o calendário de debates entre os presidenciáveis
No Monte das Oliveiras de Campo Grande, o deputado federal divulgou vídeos em sua conta do Facebook, explicando que faltaria a uma sabatina na TV Record nesta quinta-feira, mas disse que estaria aberto a receber equipes de televisão no monte. E voltou a falar de Ciro Gomes. No vídeo, o deputado federal declarou amar o adversário Ciro e disse que quer batizá-lo na primeira semana de seu governo, caso seja eleito. "Ciro, eu quero dizer que eu te amo, meu irmão. A tua vida é preciosa para Jesus. O primeiro que eu quero batizar nas águas do Planalto é você, Ciro", disse, confundindo o partido do concorrente com o PSTU de Ciro Garcia.
Com violão ao fundo e à frente de uma fogueira, Daciolo também justificou, nos videos, a falta de declaração de bens no Tribunal Superior Eleitoral. "O TSE não estava preparado para declarar que não temos bens. Eu não trouxe nada pra esse mundo e não vou levar nada", alegou, citando passagens bíblicas. Ele anunciou que não compareceria à sabatina na Record, mas disse que concederia entrevistas nos montes. "Estou aberto para conversar", disse o candidato, cujo plano de governo chamou de "Plano de nação para a colônia brasileira".
Benevuto Daciolo afirmou ter provas de que os policiais condenados pela tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, são inocentes. Ele disse que vai convidar os militares para integrar sua equipe de governo. Doze PMs da UPP Rocinha foram condenados em janeiro de 2016, no caso Amarildo. O major Edson dos Santos, elogiado por Daciolo, foi apontado pela Justiça como mentor do crime e recebeu a maior pena, de 13 anos e sete meses de prisão.
Nos registros publicados em sua rede social, o deputado também agradeceu a quem doou para sua campanha, mas pediu para que parassem de doar e fizessem orações. Ele também disse que será eleito no primeiro turno, ao que seus apoiadores responderam, em coro: "Eu creio!".