Brasília - A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta quinta-feira (13) habeas corpus em favor do ex-governador do Paraná, Beto Richa. Liminarmente, a ministra também indeferiu pedido feito pela ex-primeira dama do estado e ex-secretária da Família, Fernanda Richa. Eles estão detidos provisoriamente no Regimento da Polícia Montada, da Polícia Militar, em Curitiba.
O ex-governador e a mulher foram presos na manhjã de terça-feira (11), em uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Eles foram detidos no âmbito da Operação Rádio Patrulha, que investiga o direcionamento de licitação para beneficiar empresários e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro no programa do governo estadual Patrulha do Campo, utilizado para locação de máquinas para manter as estradas rurais.
O HC foi encaminhado ao STJ pelos advogados de Beto Richa na manhã desta quinta-feira, após o Tribunal de Justiça (TJ-PR) do estado também negar o pedido de Richa. Em decisão divulgada ontem (12) à noite, o desembargador Laertes Ferreira Gomes, do TJ-PR, afirmou que a prisão de Beto e Fernanda Richa é necessária "para evitar que eles e os demais detidos deturpem a investigação que está em curso, orientando testemunhas e destruindo ou alterando documentos".
Também foram presos na operação Pepe Richa, irmão do ex-governador e ex-secretário de Infraestrutura, Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial e Luiz Abib Antoun, além de empresários.