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Na hora de optar por um candidato a deputado federal ou estadual, é preciso entender que não se está escolhendo apenas um indivíduo, mas também um partido, com postulantes que têm propostas em comum. É por isso que, ao votar em um nome, o eleitor poderá estar ajudando a eleger um outro do mesmo partido ou coligação que, no total, teve mais votos que o da sua preferência.

"Na hora de votar, o partido político conta mais que uma figura isolada. Ainda que o nome pelo qual o eleitor optou não se torne deputado, ele será representado pelo candidato daquele partido que for eleito", diz Humberto Dantas, do Centro de Liderança Pública. "O problema é que as pessoas não acreditam mais nas legendas; o desgaste é grande".

As eleições para deputado estadual seguem as mesmas regras dos federais. No entanto, a 'personificação' e a troca de favores, é ainda mais presente. "Os parlamentares, representantes, e os representados, os cidadãos, acreditam que é assim que se cumpre um mandato. É uma visão que precisa ser combatida", diz Dantas.

Já a eleição para senador é majoritária - ou seja, ganha a vaga quem tiver mais votos, sem cálculos adicionais. Neste ano, duas das três cadeiras do Estado do Rio no Senado serão renovadas - daqui a quatro anos, será apenas uma. Portanto, cada eleitor pode votar em dois nomes, que se juntarão a Romário na bancada fluminense (ou ao suplente dele, caso o Baixinho vire governador).

CASA DOS ESTADOS
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O Senado é a casa dos representantes dos estados. É a assembleia revisora, de onde as leis aprovadas pelo Congresso saem para a sanção presidencial. Os senadores, que são três por cada estado, além do Distrito Federal, dividem o papel de fiscalização dos atos do governo com a Câmara. Eles também podem propor novas leis e têm as tarefas exclusivas de julgar presidentes da República em caso de possíveis crimes de responsabilidade e aprovar o nome de ministros do Supremo.
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O Congresso que vem por aí
Os atuais deputados e senadores tiveram desempenho bastante negativo, marcado por pautas-bombas, exibições de pouca compostura e até a prisão do ex-presidente da Câmara. Não é à toa que 67% da população não confia no Congresso, nível mais alto da série histórica, segundo o Datafolha.
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Havia a esperança de renovação, mas a criação do Fundo Eleitoral, que favoreceu o direcionamento de dinheiro público para as lideranças tradicionais, foi uma pá de cal nessas pretensões. O próximo presidente vai lidar com um Congresso ainda mais pulverizado e negociações difíceis. "Teremos mais bancadas médias. E, a se confirmar a baixa renovação, um Congresso extremamente fisiológico que dará sustentação a qualquer presidente que seja eleito, mas em troca de pautas que não ficarão claras para o eleitor e nem sempre serão legal ou moralmente corretas", diz Humberto Dantas, do CLP.
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Cesar Maia (DEM)
Cesar Maia
Cesar Maia Divulgação
Prefeito do Rio por mais tempo na história - 12 anos ao todo, somando os três mandatos para os quais foi eleito - o experiente gestor, economista de profissão e atualmente vereador, almeja, aos 73 anos, uma vaga no Senado. Ele é pai do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
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Miro Teixeira (Rede)
MIRO TEIXEIRA (REDE)
Coligação: REDE, PODEMOS, 
PR e PPL
MIRO TEIXEIRA (REDE) Coligação: REDE, PODEMOS, PR e PPLDivulgação
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O jornalista e advogado Miro Teixeira, de 73 anos, eleito 11 vezes deputado federal do Rio de Janeiro, quer agora uma cadeira no Senado. Desde 1971 no Congresso, excetuando o mandato 1983-86, Miro comandou o Ministério das Comunicações no governo Lula, de 2003 a 2004.
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Lindbergh Farias (PT)
LINDBERGH FARIAS (PT)
Coligação: PT e PCdoB
LINDBERGH FARIAS (PT) Coligação: PT e PCdoBDivulgação
Desde 1992 na vida pública, quando despontou como líder dos caras-pintadas, o senador busca a reeleição. Ex-prefeito de Nova Iguaçu, onde abdicou de parte do mandato de reeleição (2005-2010), Lindbergh também se elegeu deputado federal duas vezes.
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Flávio Bolsonaro (PSL)
FLÁVIO BOLSONARO (PSL)
Coligação: PSL
FLÁVIO BOLSONARO (PSL) Coligação: PSLDivulgação
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Apadrinhado politicamente pelo pai e presidenciável Jair Bolsonaro e líder do Partido Social Liberal no Rio de Janeiro, o advogado Flávio Nantes Bolsonaro, de 37 anos, cumpre o quarto mandato consecutivo como deputado estadual e concorre pela primeira vez ao Senado.
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Chico Alencar (Psol)
Chico Alencar
Chico AlencarAlexandre Brum / Agencia O Dia
O deputado federal de 68 anos, há 31 na política, aspira ao quarto cargo público após atuar como vereador, deputado estadual e federal. Dissidente do PT e cofundador do Psol, o professor de História foi eleito melhor parlamentar da Câmara pelo Prêmio Congresso em Foco 2018.
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