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No primeiro pronunciamento após o primeiro turno, por meio de transmissão ao vivo no Facebook, Jair Bolsonaro (PSL) voltou a contestar a credibilidade das urnas eletrônicas e atacou seu concorrente, Fernando Haddad (PT). "Tenho certeza de que, se tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do próximo presidente da República decidido no dia de hoje (ontem)", afirmou, dizendo que vai ao TSE "exigir soluções".

Bolsonaro também buscou ligar o PT à Venezuela e disse que o partido faz "terrorismo" com o povo nordestino (onde Haddad teve mais votos que o deputado) e que o partido mergulhou o país na "mais profunda crise ética, moral e econômica". "Não podemos dar mais um passo à esquerda", disse.

Ao lado de Paulo Guedes, economista que, caso o capitão seja eleito, ocupará o Ministério da Fazenda, e de uma intérprete de libras, o presidenciável disse que pretende reduzir o tamanho do Estado e que só manterá "no máximo 15 ministérios". Bolsonaro pregou a união entre "um só povo, uma só bandeira", a valorização das Forças Armadas e da família e disse que "vai jogar pesado na questão da segurança pública".

Mais cedo, ao votar, numa escola na Vila Militar, em Deodoro, acompanhado de forte esquema de segurança, Bolsonaro mostrou que contava com a eleição em primeiro turno. "Dia 28 vamos à praia", disse ele, se referindo à votação do segundo turno. "Não haverá negociação partidária. Temos 350 parlamentares", acrescentou Bolsonaro.

CIRO

Terceiro colocado na disputa presidencial, com 12,5% dos votos com 98,4% das urnas abertas, Ciro Gomes (PDT) adiantou ontem à noite que sua história é "de defesa da democracia e contra o fascismo". O candidato adiou uma declaração de apoio para o segundo turno, mas deixou claro que não pretende estar ao lado do candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro. "Ele não, sem dúvida", respondeu Ciro ao ser questionado sobre o tema.

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