![Polícia Federal desenvolve Operação Tritão e cumpre sete mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília - Divulgação/Polícia Federal](https://odia.ig.com.br/_midias/jpg/2018/10/31/1200x670/1_policia_federal_lava_jato_0-8487678.jpg)
São Paulo - A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Tritão contra fraudes em licitações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa estatal que é a autoridade portuária do Porto de Santos. O nome da operação remete a Tritão, na mitologia grega, conhecido como o rei dos mares.
A Codesp está ligada ao Ministério dos Transportes, que administra o Porto de Santos. Até o momento, o presidente da estatal, José Alex Oliva, foi preso em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, por volta das 8h.
A Justiça Federal em Santos decretou sua prisão temporária, por cinco dias, além de outros dois membros da cúpula da estatal, além de empresários e de um ex-funcionário da Codesp.
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A ação envolve a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e o Ministério Público Federal.
São cumpridos sete mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília, todos expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos.
Atuam na operação 100 policiais federais, 8 auditores da CGU e 12 servidores da Receita Federal.
Licitações
Segundo as investigações, o grupo atuava em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria. As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet em setembro de 2016, no qual um assessor da presidência da Codesp confessava a prática de diversos delitos. O inquérito teve início em novembro de 2017.
Os autos apontam irregularidades em vários contratos, com fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários, como contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços. Os contratos sob investigação somam mais de R$ 37 milhões.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato e corrupção ativa e passiva, com penas de um a 12 anos de prisão.
Com informações da Agência Brasil