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De volta para casa, na Barra, após três dias em Brasília, o presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a se comunicar por seu meio favorito: live no Facebook. Em tom irritado, ele reclamou que querem colocar na conta dele decisões sobre a Previdência e o aumento concedido pelo Senado aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Além disso, queixou-se do tema da redação na prova do Enem no domingo passado, sobre um dialeto usado por gays e travestis.

"O que recebi em Brasília (sobre a Previdência) foram projetos", disse o presidente eleito. Declarações contraditórias de assessores e do próprio presidente eleito sobre o conteúdo e o momento da reforma da Previdência alimentaram as incertezas ao longo de toda a semana.

Ele negou que tenha fechado com a proposta de aumentar de 11% para 22% a alíquota do INSS e também a fixação mínima de 40 anos para concessão de aposentadoria integral. "O que estou vendo (sobre as propostas atuais) é que pouca coisa pode ser aproveitada", disse.

Bolsonaro ressaltou que a Previdência do funcionalismo público é a mais deficitária e precisa ser revista.

Bolsonaro apelou para a compreensão da sociedade sobre a necessidade de aprovar mudanças no sistema previdenciário. "Todos têm de entender que está difícil", afirmou. Para o presidente eleito, "o Brasil tem muitos direitos trabalhistas, mas não tem emprego". "Vamos destravar a economia", garantiu.

O presidente eleito também lembrou que o reajuste do Judiciário não é responsabilidade dele, mas sim do governo Temer. "Estão botando na minha conta para eu começar o governo com problemas. Mas eu só dei a minha opinião. Achei inoportuno", disse.

A aprovação do reajuste pelo Senado foi vista como reação a declarações do futuro ministro Paulo Guedes de que era preciso "dar uma prensa" no Congresso para aprovar a Reforma da Previdência - reforma cuja proposta a nova gestão ainda não conseguiu fechar.

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