Aeronave caiu em São Paulo  - Reprodução / TV Globo
Aeronave caiu em São Paulo Reprodução / TV Globo
Por O Dia

São Paulo - Um avião de pequeno porte caiu na tarde desta sexta-feira, na Avenida Santos Dumont, próximo ao Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, há pelo menos duas pessoas mortas e 12 feridos. Os mortos são Guilherme Murback e Leonardo Yamamura, piloto e copiloto da aeronave. A mãe de um deles passou mal ao chegar ao local do acidente e foi socorrida por uma ambulância.

Ainda não há informações sobre a identificação do restante das vítimas. Mais cedo, André Elias, tenente do Corpo de Bombeiros, confirmou à Globo News duas pessoas mortas estavam dentro do avião. Os outros 12 feridos estão recebendo atendimento médico e tiveram queimaduras de primeiro e segundo grau, segundo Elias. Entre os feridos, sete eram pedestres que passavam pelo local do acidente e cinco, pessoas que estavam dentro das casas atingidas pela aeronave. Nenhum dos feridos corre risco de morrer e o foco do incêndio está controlado. 

O tenente do Corpo de Bombeiros não descartou o risco de desabamento à reportagem da Globo News.

Queda de avião incendiou casas e veículos em São Paulo - Reprodução

O avião de pequeno porte caiu em uma área residencial na região de Santana. Casas e veículos que estavam na rua onde a aeronave caiu também foram atingidos. Uma casa foi atingida e outras duas ficaram danificadas.

De acordo com uma testemunha, o avião estava decolando quando acabou caindo ao lado de um posto de gasolina. O destino do voo, que decolou da pista 30 do Campo de Marte, seria Jundiaí, no interior paulista, segundo a Globo News.  Pelo menos 14 viaturas dos Bombeiros foram enviadas para o resgate. O incêndio foi controlado, segundo a corporação.

O economista Carlos Carneiro Filho, que trabalha em uma empresa situada na Avenida Brás Leme, viu o momento da queda. "Vi que o avião subiu do aeroporto, fez um rasante nas árvores e caiu em uma rua bem em frente da Totvs (onde trabalha), atrás de um posto de gasolina."

Avião de pequeno porte caiu em São Paulo - Reprodução

Carneiro Filho contou que, logo após a queda, houve uma explosão. "Explodiu, deu bastante estrondo e uma labareda bem alta."

De acordo com a TV Globo, a aeronave era um Cessna C-210, prefixo PR-JEE e informações preliminares indicam que cabem quatro pessoas no avião. Ela pertencia a um empresário do setor imobiliário e de venda de automóveis - era um representante da Mitsubishi. O dono não estava a bordo, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O peso máximo de decolagem era de 1,7 tonelada e a aeronave comportava até cinco passageiros. A inspeção anual de manutenção da aeronave tinha validade até 13 de dezembro deste ano. A Anac aponta que o veículo estava registrado sob a categoria de serviços aéreos e que o certificado de aeronavegabilidade estava válido até o ano de 2022.

O motorista de aplicativo Selmo Eugênio da Silva, de 44 anos, levava um passageiro da Barra Funda, na zona oeste, até Santana, na zona norte, no momento da queda. "Não sei como consegui escapar daquele incêndio, veio muito rápido em cima de nós", disse.

Segundo Silva, o carro estava parado no farol quando foi atingido. "Pensei que um carro tinha batido atrás. O passageiro saiu, passando por cima de mim. Tentei sair e não conseguia. Apertei o botão do cinto, daí saí de dentro (do carro)."

Silva queimou parte do braço e foi atendido no local. Agora, está preocupado com o passageiro que, segundo ele, "se queimou bastante". "Quero o telefone dele, ligar para ele." O carro onde estavam explodiu logo depois da queda do avião.

A aeronave caiu perto de um posto de gasolina, assustando funcionários. "Vi ele passando bem baixinho e, depois, teve a explosão. Deu um barulho alto, saiu fumaça preta na hora, ficou um cheiro de fumaça", disse o frentista Francimar Tomé da Silva, de 47 anos. "Teve correria para ver, para tirar fotos. Tinha pessoa gritando, dizendo corre, corre, para sair fora, gritando pra sair."

O arquiteto Vainer Ragusa, de 50 anos, passava pela Brás Leme, após sair de uma consulta médica, quando viu a queda. "Estava no farol da Brás Leme, no sentido Santana. Vi que o avião levantou voo e perdeu potência, começou a baixar e caiu entre a rua e uma casa", conta. Segundo Ragusa, a aeronave atingiu carros. "Estava a uns 200 metros e senti o calorão. Foi muito feio."

A estudante de moda Victória Piccinn, de 19 anos, saía do edifício de 10 andares em que mora quando o avião caiu. "Passou raspando na Torre A do Campo de Marte. Estava no celular com um amigo e falei ‘nossa, quase arrancou um pedaço do prédio'. Passou fazendo tanto barulho que achei que fosse um daqueles da caças que fazem show."

Segundo ela, houve um clarão após a queda e o avião era branco e azul. "Quando passamos aqui, já tinha muito fogo", disse Victória.

Uma testemunha que trabalha em uma empresa localizada na Avenida Brás Leme, a duas quadras do acidente, também viu o momento da queda. "Vi que o avião subiu do aeroporto, fez um rasante nas árvores e caiu em uma rua bem em frente (da empresa onde trabalha), atrás de um posto de gasolina."

Segundo o economista Carneiro Filho, logo após a queda, houve uma explosão. "Explodiu, deu bastante estrondo e uma labareda bem alta."

*Com informações do Estadão Conteúdo 

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