Rio - Um homem de 70 anos foi atacado por outro de 34 anos na manhã do último dia 1 em uma rua da Zona Oeste do Recife, em Pernambuco. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que advogado Humberto Cavalcante chega por trás de José Guilherme Santiago e lhe dá um soco no rosto que derruba o idoso. Em seguida, José é atingido por chutes ao tentar se levantar. O caso ocorreu na Rua Gregório Júnior, no bairro do Zumbi.
Confira:
Humberto Cavalcante alega que foi vítima de um golpe ao vender o carro de sua mãe para o idoso e outro comprador, identificado como Oswaldo. Ele diz que encontrou José Guilherme por acaso dias depois de registrar boletim de ocorrência na polícia.
"Foi um ato impensado mas não foi gratuito. Eu levei um golpe de estelionato desse senhor. Eles roubaram um carro. Nos dias de hoje, perder 27 mil reais não é fácil. Eu errei pelo fato de ter agredido. Quando eu chamei a polícia, em seguida, ele saiu correndo", disse o advogado, acrescentando que nunca havia agredido ninguém.
"Eu estava indo comprar amendoim em uma loja de galeria. Quando estava estacionando o carro o vi. Ele tem uma loja com mais de dez carros em seu nome na galeria", acrescenta Humberto.
A Polícia Civil informa que irá apurar o caso. A vítima foi à Central de Plantões e relatou que estava em um estabelecimento comercial de veículos quando foi surpreendido com um soco e dois chutes, realizados por um conhecido como Humberto. De acordo com o relato do Boletim de Ocorrência, o motivo da agressão teria sido por causa de uma negociação de um veículo entre o suspeito, Guilherme e o cunhado dele. O caso será investigado pela Delegacia do Idoso.
A Polícia Civil acrescenta que em seu sistema só encontrou um boletim de ocorrência de Estelionato contra o idoso, figurando como vítima, o agressor, do dia 13 de outubro deste ano. A corporação ressalta que só pesquisou a partir do ano de 2015.
O advogado disse que no dia 12 de outubro, uma pessoa que se identificou como Oswaldo entrou em contato com ele interessado no carro anunciado em um aplicativo. Ele informou que um parente, que seria José Guilherme, iria ver o veículo para fechar negócio. Naquela manhã, José Guilherme teria dito que aprovou o carro e que poderiam ir ao cartório fazer a transação.
Segundo o advogado, José e Humberto passaram o dia resolvendo as burocracias da transferência de propriedade, enquanto que Oswaldo teria enviado ao advogado um comprovante de transferência bancária online, que seria falso. Só no dia seguinte, quando foi ao banco, Humberto foi informado que recebeu um depósito em cheque, quando se percebeu vítima de um golpe, segundo sua versão.
Ele teria tentado contato com Oswaldo, que o bloqueou do WhatsApp. Em seguida, falou com José Guilherme, que disse que não estava mais com o veículo. Humberto teria o chamado para resolver o caso na delegacia. José teria concordado, mas não aparecido. Ao registrar ocorrência, o advogado teria verificado que José Guilherme teria 'vários processos por furto e estelionato'.