Forças de segurança montam guarda no local de uma explosão em uma academia policial em Bogotá  - Juan Barreto/ AFP
Forças de segurança montam guarda no local de uma explosão em uma academia policial em Bogotá Juan Barreto/ AFP
Por O Dia

Brasília - O número de vítimas da explosão de um veículo em frente à Escola Geral de Cadetes Santander em Bogotá, Colômbia, subiu para 21 mortos e 68 feridos. Inicialmente, eram 8 mortos e 65 feridos. Equipes de resgate e forças de segurança permanecem no local.

A explosão ocorreu na manhã de quinta-feira. De acordo com as autoridades locais, o autor do ataque é José Aldemar Rojas, 56 anos.

O episódio causou comoção internacional. As organizações das Nações Unidas (ONU) e dos Estados Americanos (OEA) reagiram, condenando fortemente qualquer ação terrorista.

O presidente da Colômbia Ivan Duque dirige-se à imprensa ao lado da vice-presidente Marta Lucia Ramirez, em uma escola de treinamento de cadetes da polícia em Bogotá - Juan Barreto/ AFP

Autoridades colombianas, pelas redes sociais, lamentaram o ocorrido e condenaram o ataque. O assunto está entre os mais comentados no Twitter, tanto no ranking mundial quanto no brasileiro.

Por volta das nove e meia da manhã os vizinhos da Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander foram sacudidos por uma forte explosão, que fez lembrar as épocas do 'narcoterrorismo' de Pablo Escobar ou da extinta guerrilha das Farc.

Uma caminhonete Nissan Patrol modelo 1993 carregada com 80 quilos de explosivos foi detonada dentro da academia militar, segundo as autoridades.

As forças de segurança montam guarda em frente à escola de treinamento de cadetes da polícia em Bogotá - Juan Barreto/ AFP

"Vi que todos os cadetes correram (...) em direção à escola", disse Berta Tucen, 62 anos, que teve os vidros de seu armazém estilhaçados. "Foi um completo caos".

A AFP pode apurar na conversa entre policiais que um cão treinado para a identificação de explosivos percebeu a carga e ao se ver descoberto, o motorista acelerou e atropelou um policial. Três agentes saíram em perseguição ao veículo, que segundos depois explodiu.

A explosão matou imediatamente José Aldemar Rojas Rodríguez, identificado como o autor do atentado, e os três policiais.

Mauricio Cárdenas pedalava por uma ciclovia próxima à academia e viu quando os policiais mandaram o carro parar, segundos antes da violenta explosão. "Um instante e 'boom'. Foi imediato", assinalou o técnico de 53 anos.

As forças de segurança montam guarda em frente à escola de treinamento de cadetes da polícia em Bogotá - Juan Barreto/ AFP

"Logo chegaram as motos da polícia e começaram a fechar o local", contou.

Nem as autoridades nem a população se aventuravam a apontar os responsáveis. Com as Farc transformadas em partido político, na Colômbia operam hoje apenas o Exército de Libertação Nacional (ELN), dissidentes das Farc e grupos de narcos de origem paramilitar.

Familiares dos cadetes aguardavam diante da academia notícias de seus parentes, enquanto nas redes sociais cidadãos e setores políticos manifestavam seu repúdio ao ato criminoso.

"É preciso dizer às pessoas que não façam isto. Somos um país que quer a paz e isto não pode acontecer" declarou entre lágrimas Carlos Andrés Mancilla, parente de dois policiais. "Os terroristas (...) riem enquanto nós choramos".

*Com Agência Brasil e AFP

 

Você pode gostar
Comentários