Presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Turismo, Marcelo îlvaro Antônio - Divulgação
Presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Turismo, Marcelo îlvaro AntônioDivulgação
Por O Dia

Brasília - O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado por Minas Gerais, articulou um candidaturas laranjas no estado para direcionar verbas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. O esquema foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira.

O comando nacional do PSL do presidente Jair Bolsonaro repassou R$ 279 mil a quatro candidatas de Minas, após indicação da direção do partido em minas, presidido pelo próprio Álvaro Antônio. O valor distribuído representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.

Apesar de figurar entre os 20 candidatos do PSL no país que mais receberam dinheiro público, as quatro mulheres tiveram desempenho insignificante, apontando para candidaturas de fachada, em que há simulação de alguns atos reais de campanha, mas não empenho efetivo na busca de votos.

Dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram para contas de quatro empresas ligadas ao ministro do Turismo. São de assessores, parentes ou sócios de assessores de Marcelo Álvaro Antônio (PSL).

Além das quatro candidatas sob suspeita de terem sido usadas como laranjas, uma quinta candidata do PSL de Minas, Cleuzenir Souza, recebeu R$ 60 mil de recursos públicos do partido e obteve 2.097 votos. Ela não declarou gastos com nenhuma empresa vinculada ao ministro e, durante a campanha, registrou um boletim de ocorrência em que acusa dois assessores de Álvaro Antônio de cobrar dela a devolução de metade do valor, segundo a reportagem do jornal.

Os assessores teriam exigido isso como pagamento de material de campanha do partido que, segundo ela, não teria custado nem R$ 5.000. 

Marcelo Álvaro Antônio foi o coordenador de campanha do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, em Minas.

O ministro Marcelo Álvaro Antônio afirmou à reportagem da Folha que “a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei” e que “refuta veementemente a suposição com base em premissas falsas de que houve simulação de campanha com laranjas no partido.”

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