Ponta Porã, no Estado de Mato Grosso do Sul, é fronteira com Pedro Juan Caballero, no departamento de Amambay, no Paraguai  - Divulgação
Ponta Porã, no Estado de Mato Grosso do Sul, é fronteira com Pedro Juan Caballero, no departamento de Amambay, no Paraguai Divulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Mato Grosso do Sul - Cinco pessoas, entre elas o diretor de uma rádio e um policial militar, foram mortas entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo, em cidades da fronteira do Brasil com o Paraguai. Conforme as polícias brasileira e paraguaia, as mortes podem ter relação com a disputa pelo controle do tráfico de drogas na região por facções criminosas brasileiras. No primeiro caso, três pessoas foram executadas a tiros de fuzil em Sanga Puitã, distrito de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a polícia paraguaia, pistoleiros em uma caminhonete branca bloquearam o automóvel em que estavam as vítimas e fizeram dezenas de disparos. O paraguaio Julio Cesar Ortiz Ferreira, de 40 anos, diretor da rádio Tupi FM, de Pedro Juan; o brasileiro Alessandro Nunes de Moura, de 20 anos, estudante de engenharia civil, e o adolescente G.Z.M, de 16 anos, também brasileiro, morreram no local. Um deles tentou fugir, mas foi perseguido e alvejado com disparos de fuzil calibre 7.62.

Segundo a Divisão de Homicídios da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, as execuções podem ter relação com um ajuste de contas entre facções criminosas que atuam na fronteira. Na manhã deste domingo, 10, dois suspeitos foram presos numa casa, na colônia Potreroi, a 15 km da fronteira, com um fuzil calibre 7 62, uma escopeta calibre 12, roupas camufladas, coletes à prova de balas, carregadores, munição e uma caminhonete Hilux branca.

Na madrugada deste domingo, 10, o policial militar Jucilei Rocha Professor, de 25 anos, foi executado com cinco tiros no centro de Maracaju, cidade da região de fronteira, em Mato Grosso do Sul. O PM estava numa lanchonete com a namorada e amigos, quando uma moto com duas pessoas parou em frente ao local. O garupa desceu e, sem tirar o capacete, foi até o policial e o atingiu com vários tiros nas costas e na cabeça. A dupla fugiu. Conforme a PM, suspeitos presos pelo crime disseram que o policial tinha sido jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Durante as buscas na região, com apoio do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Marcos Maciel Benites, de 21 anos, suspeito de ter cedido a moto para o ataque ao policial, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Choque. Outros dois suspeitos foram presos. Um deles, que se disse integrante do PCC, se apresentou à polícia acompanhado por dois advogados. Houve ainda outras duas prisões feitas pela Polícia Civil, mas a participação dos suspeitos no crime ainda é investigada.

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