Líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Líder do PSL na Câmara, Delegado WaldirFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que o presidente Jair Bolsonaro não tem hoje uma base no Congresso para aprovar a reforma da Previdência. Waldir declarou que, para garantir governabilidade a Bolsonaro, os parlamentares querem participação no governo com cargos e emendas.

"Hoje, o governo não tem base para votar Previdência, está em formação. Hoje o que tem é o apoio de alguns grupos temáticos em relação a alguns assuntos", disse o deputado, fazendo referência às bancadas ruralista, evangélica e da segurança pública. "Nós não queremos ficar só no Parlamento, queremos ajudar a governar e para isso temos que ter participação no governo", declarou o líder, reforçando em seguida quais são os dois principais interesses dos deputados: "cargos e emendas".

O líder do PSL negou, no entanto, que os aliados de Bolsonaro queiram fazer uma "troca" para votar a reforma da Previdência. "Não é uma troca, é diálogo. É uma escolha de o governo fazer isso ou não. Mas os parlamentares só vão garantir a governabilidade se eles participarem do governo porque, se não, todo mundo é independente aqui."

Caso Bebianno

Waldir minimizou a crise envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Para o parlamentar, a polêmica gerada após o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, ter desmentido o ministro sobre uma suposta conversa com o pai tem de ser revolvida pelo presidente da República e ficar restrita ao Planalto.

"Este é um debate da cozinha do Planalto e quem tem que resolver isso é o Planalto", disse Waldir ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Para ele, a discussão entre Carlos e Bebianno é típica de uma base com diferentes núcleos que ajudaram Jair Bolsonaro a ser eleito no ano passado. "É muito comum, não devemos misturar as coisas."

O líder do PSL declarou que o ministro não deveria ser demitido neste momento e endossou o discurso de Bolsonaro no dia anterior Bolsonaro declarou, em entrevista à Record TV, que, se Bebianno estiver envolvido em esquema de desvios de recursos do Fundo Partidário para candidaturas laranjas, terá de "voltar às suas origens".

"Tem que estar envolvido comprovadamente em caso de improbidade administrativa ou corrupção. Temos que apurar tudo, a PF ou quem estiver investigando que investigue. Se tiver alguém errado, que seja punido. Não vamos passar a mão na cabeça de ninguém", declarou o deputado.

O líder do PSL afirmou que o caso não traz desgaste ao governo e não atrapalha Bolsonaro na condução da reforma da Previdência.

 

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