Crispim Terral é proprietário da Farmácia Terral, em Salinas das Margaridas, no Recôncavo baiano - Reprodução
Crispim Terral é proprietário da Farmácia Terral, em Salinas das Margaridas, no Recôncavo baianoReprodução
Por O Dia

Rio - A Caixa Econômica divulgou nota nesta quarta-feira para dizer que repudia práticas e atitudes de discriminação cometidas contra qualquer pessoa. O posicionamento vem depois da repercussão da denúncia do empresário Crispim Terral, de 34 anos. Ele foi expulso de uma agência e retirado à força pela PM em Salvador. Tudo isso aconteceu na frente da filha menor de idade.

A confusão foi registrada em vídeo e divulgada pela própria vítima na Internet. O caso aconteceu na terça-feira passada (19). O banco disse que abriu sindicância e afastou funcionário da agência Relógio de São Pedro, em Salvador, na Bahia.

A Caixa também informou que vai realizar na quinta-feira um treinamento específico com toda sua rede de atendimento para reforçar sua Política de Relacionamento com Clientes.

O banco acrescenta que a relação com clientes e usuários é orientada pela ética, com respeito aos direitos humanos universais. "A Caixa prima pelo respeito à diversidade de raça, origem, etnia, gênero, cor, idade, classe social ou qualquer tipo de diferença entre as pessoas", diz a nota.

A Caixa havia dito na terça-feira que não havia identificado, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório.

Crispim, que é proprietário da Farmácia Terral, em Salinas das Margaridas, no Recôncavo baiano, disse que a confusão começou após um dos gerentes do banco o deixar por quase quatro horas à espera de um atendimento. Quando ele foi reclamar da demora, o funcionário do banco acionou a PM e, na abordagem, um policial aplicou um mata-leão no cliente.

Após sair do banco, Crispim foi até a UPA dos Barris, onde recebeu atendimento por sentir fortes dores no maxilar, na cabeça, no pescoço e no ombro esquerdo. Ele contou que registrou queixa de racismo junto à Polícia Civil e à Corregedoria da Polícia Militar.

A PM divulgou uma nota alegando que "houve a necessidade de empregar a força proporcional para fazer cumprir a ordem legal exarada, mesmo após diversas tentativas de conduzi-lo sem o emprego da força. Ele não foi algemado. O vídeo divulgado mostra uma condução técnica dos policiais militares na ação e também observa-se uma edição suprimindo parte do ocorrido".

Você pode gostar
Comentários