Bolsonaro tenta minimizar embate entre militares e seguidores de Olavo
'Não existe grupo de militares e de Olavo aqui. Somos um time só', afirmou o presidente
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro tratou nesta segunda-feira como "coisas pequenas" o embate dentro do seu governo entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Segundo Bolsonaro, não existem dois times opostos na administração federal.
"De acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto. Temos coisas muito mais importantes para discutir no Brasil. Aqueles que porventura não têm tato político estão pagando o preço junto à mídia", afirmou ele após ser questionado sobre o troca de ataques entre Olavo, guru do bolsonarismo, e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz durante o fim de semana. "Não existe grupo de militares e de Olavo aqui. Somos um time só", afirmou Bolsonaro.
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"Os ministros estão todos fazendo o que é determinado. Não podemos sacrificar 208 milhões de pessoas por coisas menores", disse.
Bolsonaro e Santos Cruz se reuniram no domingo, 5, à noite, no Palácio da Alvorada por cerca de uma hora e meia. O presidente reforçou que o ministro em nenhum momento falou em deixar o governo. "Estive com ele ontem à noite e tivemos uma conversa normal, como tenho com outros ministros", afirmou.
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Elogios
Em meio à disputa entre "olavistas" e militares, o presidente Jair Bolsonaro fez publicamente ontem elogios a dois militares com postos de destaque em seu governo, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
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Na comemoração dos 130 anos do Colégio Militar, no Rio, Bolsonaro destacou em discurso sua proximidade com Mourão, segundo o presidente, "um amigo". Também elogiou Heleno, que chamou de "conselheiro". Nas duas frases, referiu-se a "momentos difíceis".
Bolsonaro, no entanto, não quis comentar as respostas do general Eduardo Villas Bôas aos ataques de Olavo a membros das Forças Armadas. "Não tenho nada a ver com o general Villas Bôas, é um comandante que eu respeito", desconversou.