PF investiga grupo terrorista que ameaça Bolsonaro e ministros, diz revista
A 'Sociedade Secreta Silvestre' se autodenomina como 'ecoterrorista' e 'anticristã'
Brasília - A Polícia Federal investiga a identidade dos integrantes de um grupo que ameaça matar o presidente Jair Bolsonaro e dois ministros autointitulado “Sociedade Secreta Silvestre”. Um deles seria o do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A informação foi publicada nesta sexta-feira pela revista Veja. O grupo se classifica como 'ecoterrorista' e 'anticristão'.
As ameaças vieram à tona quando, em dezembro do ano passado, o grupo disse que poderia promover um atentado na cerimônia de posse presidencial. Na época, a polícia desarmou uma bomba colocada na porta de uma igreja que fica a cerca de 50 quilômetros do Palácio do Planalto.
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Segundo os investigadores da PF, as condutas do grupo são “extremamente graves, inclusive com a utilização de artefatos explosivos” e representam “atos criminosos”.
Atentado contra Bolsonaro
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A Polícia Federal de Minas Gerais apura a facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018. Em abril, a PF pediu mais 90 dias para concluir o inquérito. Foi a terceira vez que isso aconteceu e a alegação é de que, entre outros pontos, falta ouvir pessoas que tiveram contato com Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL).
O documento é assinado pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes, que justifica a solicitação argumentando que faltam alguns exames periciais e terminar de apurar suposta fraude na página do acusado em uma rede social.
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A finalidade do inquérito é descobrir se Adélio teve a ajuda de alguém ou de alguma organização criminosa. Ele foi preso logo após o ato e as investigações realizadas até agora apontam que ele agiu sozinho por discordar politicamente de Bolsonaro.
O agressor, por sua vez, segue no presídio federal de Campo Grande (MS). Filmagens da época do ataque mostram Adélio esfaqueando Bolsonaro no abdômen. A agressão aconteceu em 6 de setembro e fez com que a vítima ficasse por mais de 20 dias internada e tendo de passar por duas cirurgias.
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O presidente Bolsonaro é quem mais tem cobrado a identificação do suposto mandante do atentado. Mas o advogado de Adélio reafirma a tese de que seu cliente agiu sozinho e que possui problemas mentais. Laudos periciais indicam que o agressor é semi-imputável, não dispondo de plena capacidade de compreensão dos próprios atos.
Presidente recebeu prêmio em Dallas
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O presidente Jair Bolsonaro recebeu o prêmio de personalidade do ano, oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Dallas, no Texas, na quinta-feira. O evento de duas horas contou com um discurso de 11 minutos do presidente, uma continência prestada por Bolsonaro à bandeira americana e o bordão de governo refeito: "Brasil e Estados Unidos acima de tudo".
Na segunda parte do slogan governamental, contudo, Bolsonaro mudou a frase. No lugar de "Deus acima de todos", o presidente brasileiro emendou: "Brasil acima de todos".
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O evento no Texas foi um almoço preparado para cerca de 100 empresários organizado às pressas depois que Bolsonaro cancelou ida a Nova York, onde receberia a premiação, diante críticas, inclusive do prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, que classificou Bolsonaro como "perigoso" e preconceituoso. O Itamaraty articulou a agenda no Texas, um Estado conservador, e a organização World Affairs Council aceitou receber o evento.