Blogueira Mariana Ferrer se queixa de investigação sobre caso de estupro em Florianópolis - Reprodução/ Instagram
Blogueira Mariana Ferrer se queixa de investigação sobre caso de estupro em FlorianópolisReprodução/ Instagram
Por O Dia
Rio - A mãe da blogueira que denunciou ter sofrido um estupro em um clube de praia em Florianópolis acusou o Café de La Musique de negligência no caso. Ela comentou em uma publicação da empresa no Instagram, que tem recebido críticas nas redes. O Café de La Musique, que fica em Jurerê Internacional, bairro nobre da cidade, disse que colabora com as investigações.
"Posso garantir que em nenhum momento minha filha teve o apoio de qualquer pessoa desse estabelecimento, muito pelo contrário. Não colaboraram com a Justiça até este momento. Quem sabe ainda consertem a série de erros que estão fazendo no inquérito", escreveu. Ela também disse que vai lutar com 'unhas e dentes' pelo endurecimento das penas para o crime de estupro. 
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Mãe de blogueira escreveu 'textão' em post do Café de la Musique de Jurerê Internacional, Florianópolis - Reprodução/ Instagram
A rede de clubes de praia divulgou uma nota repudiando qualquer violência. "O Cafe de La Musique repudia veementemente toda e qualquer violência, e ressalta ainda que tem colaborado e auxiliado, fornecendo tudo que lhe fora solicitado e que envolvem o suposto fato, tais como: vídeos, fotos e cartão de consumo. Tudo que dispúnhamos foi imediatamente entregue à polícia, assim que se tomou ciência da acusação".

"A casa está auxiliando nas investigações e preza para que se alcance o esclarecimento dos fatos da melhor forma e o mais cedo possível, tendo total confiança nas autoridades constituídas na apuração completa do caso", disse.
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Café de La Musique divulgou nota dizendo que colabora com investigação - Reprodução/ Instagram
Mariana Ferrer diz que investigação é negligente  
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A blogueira Mariana Ferrer denunciou na noite de segunda-feira que foi vítima de estupro em uma festa em dezembro do ano passado em Florianópolis, Santa Catarina. O relato foi feito em sua conta no Instagram. Ela disse que foi dopada e estuprada por um estranho em um beach club conceituado da cidade. Mais tarde o Café de La Musique reconheceu que era o clube em questão.  A blogueira conta que foi para casa sozinha e se queixa de que as pessoas que a acompanhavam naquela noite a deixaram.
Blogueira Mariana Ferrer diz que foi dopada e estuprada em festa em Florianópolis, Santa Catarina - Reprodução/ Instagram
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Mariana diz que se sentiu vulnerável e foi estuprada em uma espécie de camarim da casa noturna. Ela diz que ao conseguir chegar em casa, sua mãe ao tirar sua roupa viu que estava suja de sangue e com cheiro de esperma. A blogueira relata que não tem conseguido dormir e que sofre consequências físicas e emocionais. Ela conta que era virgem. "Minha virgindade foi roubada de mim junto com meus sonhos. Fui dopada e estuprada por um estranho em um beach club dito seguro e bem conceituado da cidade", disse.
Blogueira Mariana Ferrer diz que foi dopada e estuprada em festa em Florianópolis, Santa Catarina - Reprodução/ Instagram
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Mariana também se queixa das investigações policiais. "Vejo a polícia civil empenhada em proteger apenas o criminoso e o local do crime por se tratar de pessoas de 'poder e dinheiro'. Aonde está o apoio devido à vítima e sua família, que são devastadas por tamanha crueldade?", denunciou.
Em nota, a Polícia Civil de Santa Catarina confirmou que o boletim de ocorrência do caso foi registrado em dezembro de 2018 e que está empenhada na elucidação do caso. Confira a íntegra:
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"A Polícia Civil de Santa Catarina garante que a apuração do caso de denúncia de estupro registrado em boletim de ocorrência no dia 16 de dezembro de 2018 segue os trâmites normais e que está empenhada na sua elucidação o mais rápido possível.

Em coletiva na tarde desta terça-feira, na sede da Delegacia Geral em Florianópolis, a diretora de Polícia da Grande Florianópolis, delegada Eliane Chaves, o titular da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), delegado Paulo de Deus, e a delegada Caroline Pedreira, presidente do inquérito, falaram a respeito das investigações.

Ficou esclarecido aos jornalistas que tão logo a notícia chegou ao conhecimento da Polícia civil, todas as providências necessárias foram tomadas, como a instauração do inquérito policial, oitiva de testemunhas, coleta de provas no suposto local, oitiva da vítima e requisição de exames periciais.

É um inquérito policial complexo, que demanda investigação detalhada e cujos resultados de laudos periciais devem ser confrontados com as demais provas. Nenhuma conclusão será adiantada antes de findar a apuração.

Detalhes do caso, como resultados de laudos e teor de depoimentos não serão divulgados por se tratar de processo sigiloso, em que a preocupação é não expor a vítima."