“A minha bancada do PSL é uma bancada com deputados bastante novos, alguns ainda acham que têm que ganhar tudo e não dá. Nós podemos perder as votações, sem problema nenhum. Quem tiver mais voto leva. Agora, nossa bancada não vai atrapalhar votações”, disse durante a live semanal em sua página no Facebook.
A declaração contraria a fala do líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), que disse mais cedo que apresentaria emenda para tentar manter o Coaf com Moro.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que os senadores vão manter a Receita Federal com autorização para investigar crimes não tributários. A restrição que proibia auditores de compartilharem informações com outros órgãos sem autorização judicial foi derrubada pela Câmara nesta quinta-feira. "Fica do jeito que a Câmara votou", declarou.
A MP 870, que reestruturou a organização do governo, deverá ser votada pelo Senado na próxima terça-feira, 28. "Vai ser terça (a votação), nenhuma (chance de caducar). A MP vai ser aprovada", comentou Bezerra. Se o texto não for aprovado até o dia 3 de junho perde o efeito e o governo passa a ter a estrutura existente na gestão Michel Temer (MDB).
A limitação que proibia auditores fiscais de investigarem crimes não tributários havia sido incluída no relatório de Bezerra quando a medida provisória passou pela comissão mista de deputados e senadores.
O senador afirmou que o governo vai continuar defendendo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério da Justiça apesar de a Câmara ter deliberado a volta do órgão ao Ministério da Economia.
As maiores bancadas do Senado, porém, devem manter o texto aprovado pelos deputados. "Nós vamos defender o Coaf como o ministro Moro, mas isso depende de uma decisão do plenário do Senado", declarou o líder do governo.