Gabriel Diniz: ' Estamos vivendo um sonho' - Reprodução redes sociais
Gabriel Diniz: ' Estamos vivendo um sonho'Reprodução redes sociais
Por RICARDO SCHOTT
Rio - O cantor do hit 'Jenifer', Gabriel Diniz, que morreu na segunda-feira em um acidente de avião, disse em entrevista ao DIA que já tinha um trabalho pronto para ser lançado. Ele revelou que esperava o melhor momento para lançar o EP, gravação com poucas faixas. A entrevista foi concedida ao jornalista Ricardo Schott no auge do sucesso de Jeniffer. O cantor falou do sucesso repentino e disse que o amigo Gusttavo Lima, que quase gravou o hit, estava contente com seu sucesso. Acompanhe abaixo trechos da entrevista e ouça o áudio completo.
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Como 'Jenifer' chegou à sua mão?
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'Jenifer' chegou na minha mão através de uma viagem para Goiânia. Tem muitos compositores lá. A gente sempre faz essa viagem em busca de repertório. Em uma dessas, conheci os meninos da Big Jhows. Em uma audição, eles me mostraram algumas músicas e me encantei por 'Jenifer'.
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Você considera que tem um lado humorista?

O meu lado humorista é o da interação com o público, das roupas e de levar diversão. Acho que o público precisa disso: alegria, irreverência. Uma música não tem que ter um lado engraçado para estourar. Mas, se tiver, é um ponto positivo para que se dissemine rapidamente. As pessoas se identificam.
Como percebeu que a música daria certo?
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Eu nunca tinha reconhecido um hit. É essa loucura. O Brasil inteiro cantando a música. Claro que eu já tinha reconhecido dos outros. Mas, nosso, não. 
Acho que 'Jenifer' veio realmente para a gente sentir o que é isso. Percebi que era um hit quando começaram os memes e quando os amigos e influenciadores passaram a postar. 'Jenifer' viralizou e deu certo.

Jenifer quase foi gravada por Gusttavo Lima. Chegaram a conversar sobre isso?
Claro, a gente é amigo. Ele pensa igual a mim. Acha que música tem endereço certo, ou seja, cantor certo. Ele ficou muito feliz pela música acontecer comigo. A gente tem um carinho enorme um pelo outro. Ele sempre torce por mim. Eu torço por ele. Não é de hoje que a gente tem uma amizade bacana. Ele está feliz e eu estou feliz. Está tudo certo.

Quais os próximos passos da sua carreira?
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Estamos analisando se vai sair um single. Já tem um EP pronto maravilhoso. Só que mediante o acontecimento com 'Jenifer', a gente está vendo a melhor estratégia para atender o público. Já tem material novo do GD (Gabriel Diniz) para a galera curtir.
Como começou na carreira?

Por incrível que pareça, eu comecei com uma dupla de forró. Uma banda de garagem que começou na escola. Mais tarde, fui para outra banda da cidade, ganhando um cachê simbólico. Depois, entrei na faculdade de Engenharia Elétrica, que precisei largar para tocar em uma banda maior pelo país. Mais tarde, retornei à universidade e criei o GD, o Gabriel Diniz, meu projeto solo, em 2011, com 20 anos. Eu canto desde os 15 anos e toco violão desde os 13. Eu brinco que eu não me acompanho no violão: eu me persigo. Graças a Deus a gente veio caminhando e estamos aqui.
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O que mudou depois de 'Jenifer'?

Ainda é muito cedo pra dizer o que aconteceu após 'Jenifer'. Mas, a vida está uma loucura. Não tem como explicar. Nunca aconteceu isso comigo. O Brasil inteiro falando seu nome, sua música, querendo entender. Eu fico muito feliz. É o que a gente sempre trabalhou pra que acontecesse. Mas, quando vem (o sucesso) a responsabilidade aumenta. Vem muita coisa boa para a gente. Tenho certeza. Chegou a hora do Brasil ver o GD, o Gabriel Diniz.
Dá tempo de ficar com amigos e família?

Zero tempo. A gente está muito corrido mesmo. Mas, tudo tem um preço e a gente está disposto a pagar porque realmente estamos vivendo um sonho.