Walter Delgatti Neto é conhecido como 'Vermelho' - Reprodução
Walter Delgatti Neto é conhecido como 'Vermelho'Reprodução
Por iG
São Paulo - A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira, após determinação do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal do Distrito Federal, quatro pessoas suspeitas de participação na invasão dos telefones celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro e de outras autoridades.
A identidade dos detidos não foi divulgada pela PF, uma vez que a operação, que foi batizada de Spoofing, corre em sigilo. No entanto, a reportagem do portal A Cidade ON, de Araraquara, conseguiu identificar dois suspeitos presos e mais um, que se encontra foragido.
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Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, foi detido em São Paulo, ao lado da esposa, Suelen Priscila de Oliveira. Santos, que era conhecido como Guto Dubra, já atuou como DJ na cidade. A PF também cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da mãe do suspeito, que fica no bairro Jardim Selmi Dei, periferia de Araraquara.
Gustavo Henrique Elias Santos já foi preso em 2013, por receptação de uma caminhonete. Ele ainda adulterou placar e documentos de veículo e a polícia encontrou munições e simulacros dentro da casa do suspeito. Ele acabou sendo condenado a seis anos e seis meses no regime semiaberto.

Em 2015, ele foi detido dentro do Parque Beto Carrero World, em Santa Catarina, mas acabou sendo liberado após prestar depoimento. No entanto, Walter Delgatti Neto, amigo de Santos, acabou sendo preso por falsidade ideológica na ocasião.

Delgatti Neto é justamente o suspeito foragido da Operação Spoofing, de acordo com a reportagem do A Cidade ON. Conhecido como "Vermelho", o homem de 30 anos acabou preso em Santa Catarina por apresentar uma carteira falsa da Polícia Civil. Também foram encontradas armas e munições no carro dele.

A ficha de "Vermelho" é mais extensa que a do amigo: ele foi detido em Piracicaba em 2012 ao pagar a conta de um hotel com o cartão de crédito de um homem de 75 anos e foi condenado a um ano de prisão em regime aberto. Já em 2017, ele acabou preso por drogas e falsificação de documentos e também foi condenado.
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A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da avó de Delgatti Neto, no bairro Vila Xavier, também em Araraquara. Agora, o homem é considerado foragido na operação que investiga a invasão do celular de Moro.