Mensagens atribuídas ao então juiz Sergio Moro  - Eduardo Carmim/Agência O  Dia
Mensagens atribuídas ao então juiz Sergio Moro Eduardo Carmim/Agência O Dia
Por O Dia

Até o presidente Jair Bolsonaro foi alvo do ataque orquestrado por um grupo de hackers que invadiu os dados dos celulares de autoridades. Ontem de manhã, em entrevista concedida em um colégio militar de Manaus, no Amazonas, ele disse não temer o vazamento de informações suas ao se manifestar pela primeira vez após a operação da Polícia Federal responsável pela ação. Pelo menos dois aparelhos de Bolsonaro foram alvo dos ataques. Segundo o governo, o ataque hacker ao celular dele ocorreu quando já tinha assumido a Presidência. O Ministério da Justiça ainda não confirmou se o conteúdo dos celulares do presidente chegou a ser extraído pelos hackers.

"Sempre tomei cuidado nas informações estratégicas. Essas não são passadas por telefone. Então, não estou nem um pouco preocupado se porventura algo vazar do meu telefone. Não vão encontrar nada que comprometa. Perderam tempo comigo", disse.

O Ministério da Justiça disse ter sido informado pela Polícia Federal que aparelhos utilizados pelo presidente Bolsonaro foram alvos de ataques organizados pelos hackers. A informação teria sido transmitida por Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, em uma reunião na manhã de quarta-feira. A PF está aprofundando as investigações para ver a extensão dos ataques criminosos.

Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi comunicado ontem por Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, de que os celulares de ministros da Corte também foram alvo de ataque hacker. Por telefone, Moro informou a Toffoli que houve acesso a dados de SMS e do aplicativo Telegram de ministros do STF. Por meio da assessoria, o STF informou que não comentará o episódio.

outras autoridades

A Polícia Federal também identificou os aparelhos de outras autoridades. Entre elas, do presidente Jair Bolsonaro, do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), do ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ontem que 24 integrantes do Ministério Público Federal (MPF) também foram alvo de ataques.

Moro voltou a usar o seu perfil no Twitter para se posicionar sobre o caso. "A vulnerabilidade foi explorada por hackers criminosos e pessoas inescrupulosas. As centenas de vítimas, autoridades ou não, que tiveram a sua privacidade violada por meio de crime, serão identificadas e comunicadas pela Polícia Federal ou pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública", tuitou ontem.

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