José David Xavier Reprodução
Por O Dia
Publicado 16/09/2019 16:17 | Atualizado 25/05/2021 13:04

São Paulo - A cena lembrou velhos filmes de bangue-bangue em terras sem lei, onde vigorava quem tinha mais poder de fogo. O protagonista dessa história da vida real também é um velho conhecido dos fãs que frequentam parques de diversões.
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Sim, ele de novo. José David Breviglieri Xavier, presidente afastado de uma unidade e que ganhou o apelido de 'João de Deus' nas mídias sociais por pratica de assédio moral contra os funcionários, tentou na base da truculência embargar uma obra em terreno vizinho ao parque.
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Indignado com a obra que estava sendo realizada por um outro parque que fazia cercania com o empreendimento que ele presidia antes de ser afastado pela Justiça, Xavier foi resolver a questão na força. Com o tom autoritário e ameaçador de sempre, ele invadiu a obra com seus asseclas, todos armados, e exigiu que a obra fosse paralisada imediatamente.
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Sem qualquer respaldo policial ou judicial, o ex-executivo ordenou que sua vontade fosse cumprida. Quem presenciou a cena pensou no pior. Achou que as ameaças do valentão, acompanhado de seguranças armados, realmente poderiam terminar em sangue.
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“Dou cinco minutos para aparecer algum diretor aqui para falar comigo”, foi logo ordenando, como se fosse uma autoridade policial ou judicial. Não satisfeito, José David, conforme boletim de ocorrência registrado pelo parque aquático vizinho, continuou as ameaças e humilhações. No local estavam trabalhadores, assalariados, pais de família e que estavam ali simplesmente executando a obra.
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“Manda aqueles diretores tirarem a bunda da cadeira e virem aqui falar comigo”, gritou de novo como todos ali fossem seus empregados. Temendo pelo pior, o responsável pela obra retirou todos os funcionários do local. “Ele chegou alucinado aqui. Sentimos um grande cheiro de tragédia”, relembrou uma das pessoas ameaçadas pelo então presidente.
Vídeo: David dispensa funcionário de forma agressiva
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Em ação parecida da milícia carioca, José David determinou que um dos seus homens derrubasse, com um trator, a grade que cercava toda a obra. No local, estava sendo construído um estacionamento para os funcionários do parque aquático vizinho.
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O pior só não ocorreu porque prevaleceu o bom senso do funcionário que sofreu a agressão gratuita. O caso foi parar na delegacia. A Justiça acabou dando ganho de causa ao parque aquático, que havia alugado o terreno legalmente de um empresário da região. O espaço não fazia parte da propriedade do empreendimento gerido pelo executivo afastado, mas era esse o modus operandi preferido dele: a intimidação.
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