O Setor Educacional do Mercosul foi criado em dezembro de 1991 como um espaço para que os países membros e associados pudessem articular políticas educacionais, estimular a mobilidade e o intercâmbio. Entre as ações que foram desenvolvidas pelo grupo nos últimos anos estão programas que facilitam o intercâmbio de estudantes e professores, acreditação de diplomas de graduação e pós-graduação.
A reportagem apurou que a decisão de saída não foi embasada por nenhum estudo ou análise sobre a participação do Brasil no grupo A medida teria motivação ideológica.
Segundo a pasta, as parcerias iniciadas serão mantidas sem prejuízo às partes como, por exemplo, o reconhecimento da equivalência dos estudos no âmbito da educação básica de alunos que estudam fora do país e que são pertencentes ao bloco assim como o sistema de acreditação de cursos de graduação do Mercosul (ARCU-SUL). Os bolsistas também terão o benefício mantido.
A saída significa que o Brasil deixa de participar das reuniões do bloco e passa a ter relações e acordos bilaterais com os demais países do bloco. O ministro admitiu que as reuniões e pactuações bilaterais também terão custo, mas argumentou que elas terão "começo, meio e fim" e "objetivo claro".
Em nota, o ministério destacou que a decisão não "rompe relações com os países vizinhos" e que o diálogo permanece para futuros acordos.