Para a estudante Nathália Souza, 27 anos, o sentimento diante dessa indefinição é de frustração  - arquivo pessoal
Para a estudante Nathália Souza, 27 anos, o sentimento diante dessa indefinição é de frustração arquivo pessoal
Por Marina Cardoso

Rio - Mais de 331 mil estudantes no Estado do Rio aguardam apreensivos a indefinição da divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em todo o Brasil, a inscrição foi feita por cerca de 1,8 milhão de candidatos em mais de 3,5 milhões cadastros. Ontem, a Advocacia Geral da União (AGU) anunciou que vai acionar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para derrubar a liminar que impediu a liberação do processo que é a porta de entrada para a maioria das faculdades públicas do país, que estava programado para ocorrer hoje. A divulgação foi proibida pela Justiça diante dos erros nas notas do Enem.

Para a estudante Nathália Souza, 27 anos, o sentimento diante dessa indefinição é de frustração. "É desanimador estudar o ano todo, fazer uma prova que exige muito de você e quando sai o resultado ele é divulgado errado. É um desrespeito muito grande. Eu tive problema com as minhas notas, vieram erradas. Eu pedi a revisão e não tive nenhuma resposta", explica Nathália, que quer utilizar o resultado para tentar uma vaga no curso de Medicina.

A situação de Nathália é o mesmo caso do aluno Felipe Assumpção, 19, que também quer utilizar as notas do Enem para tentar entrar em uma faculdade de Medicina. "A tensão já é grande todo ano, mas agora é maior ainda. Estou tentando pelo segundo ano para um curso super concorrido. Agora é aguardar e ficar na expectativa", afirma.

A estudante Barbara Fernandes, 18, disse que tem medo com o que pode acontecer com a nota dela. "Isso tudo está mexendo com meu psicológico. Descobrir que a nota estava errada, depois vem isso do Sisu, pois foi muito tempo de esforço e dedicação. Não sei o que esperar do resultado", conta a aluna decepcionada. 

 

Alunos podem entrar com ação na Justiça
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O advogado Luis Andre Azevedo, do escritório Eizirik Advogados e professor de Direito do Ibmec SP, afirma que os estudantes prejudicados têm direito de ingressar com ação para reverter essa situação. "O direito é inquestionável de entrar com ação. O estudante quer que a prova seja corrida de forma correta, pois é com a nota que vai definir a entrada na faculdade", afirma. 
Segundo ele, o impasse provoca cenário difícil. "Ficam na expectativa já prevista, mas com isso só resta esperar nos casos sem erros apontados nas notas do Enem", diz. 
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A AGU informou que aguarda "dados e notas técnicas complementares" do Ministério da Educação para embasar o recurso e evitar derrota, como a que ocorreu no TRF-3.
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