Heitor Stevanatto conseguiu receber o transplante de coração - Arquivo pessoal
Heitor Stevanatto conseguiu receber o transplante de coraçãoArquivo pessoal
Por *Maria Clara Matturo
Policiais militares escoltaram o carro de uma família até o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, para que os pais pudessem autorizar o transplante de coração do bebê de dois anos, Heitor Stevannato. O casal precisava driblar o trânsito intenso para chegar ao hospital, na capital de São Paulo, em duas horas e meia.
Os pais de Heitor, Renato Lima e Katia Stevannato, estavam tirando uns dias de descanso no Guarujá, litoral de São Paulo, quando receberam a notícia de que o filho que estava internado no Incor, aos cuidados do tio, poderia receber o coração de um doador. O menino nasceu com atresia tricúspide, uma má formação que dificulta a circulação do sangue, e já esperava o transplante há dois meses.

A família precisava chegar no Instituto do Coração em duas horas e meia para acompanhar e autorizar o transplante, mas temeram não chegar a tempo quando foram surpreendidos pelo tráfego intenso da Rodovia Padre Manoel da Nobrega.
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"Ficamos desesperados. Estava um trânsito horrível para subir, tudo parado, veio aquele medo de não chegar a tempo e dar tudo errado", relatou Renato. Após pedir ajuda à uma viatura que estava parada na rodovia, o casal foi escoltado até o Incor e conseguiu acompanhar a cirurgia de Heitor. O bebê recebeu o coração no dia 2 de janeiro, está se recuperando bem e com previsão de alta em um mês.

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Assim como o menino Heitor, muitas pessoas aguardam em uma fila de transplantes a oportunidade de continuar a viver. No Brasil, a doação de órgãos é feita somente com autorização familiar no momento do óbito. Por isso é importante deixar explícito junto aos parentes a vontade de ser um doador de órgãos.Isso ocorre porque ainda não há um cadastro ou documento que determine para onde vãos os órgãos do doador depois do óbito.
Já os pacientes que precisam de transplante estão em uma lista definida pela Central de Transplantes de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
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*estagiária sobre supervisão de Martha Imenes