Drauzio diz ser 'muito provável' que coronavírus chegue ao Brasil
Médico defende que epidemiologistas brasileiros estão preparados para controlar a epidemia e lembra que a China tinha um sistema de saúde pública precário e que não é possível confiar na transparência da ditadura chinesa na gestão da crise
Drauzio e o programa foram criticados nas redes sociais por supostamente esconder os crimes cometidos por Suzy
Reprodução
Por O Dia
São Paulo - O médico e escritor Drauzio Varella disse ser muito provável que o coronavírus chegue ao Brasil. A declaração foi dada durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. Ele, no entanto, defende que os epidemiologistas brasileiros estão preparados para controlar a epidemia e lembra que a China tinha um sistema de saúde pública precário e que, por conta do governo autoritário, não é possível confiar na transparência do país na gestão da crise.
"(O coronavírus) vai chegar ao Brasil? Provavelmente, porque você não consegue isolar um país do resto do mundo, principalmente um país com a importância da China. Agora, vai chegar aqui em quais condições? Se chegar, vai chegar no verão", disse.
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"O fato é que temos uma epidemiologia muito organizada no Brasil. Acho que é um orgulho do SUS isso, o Ministério em Brasília tem um corpo de epidemiologistas preparados para enfrentar. Acho que nós estamos preparados para enfrentar essa epidemia, não vejo essa gravidade que muita gente enxerga, o vírus chegando e acometendo um grande número de pessoas", diz.
O médico questionou os dados divulgados pelo governo chinês e disse que não são completamente confiáveis. Drauzio citou pesquisas americanas que estimam número maior dos que os 40 mil infectados divulgados pelos chineses.
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"Nós não sabemos o tipo de tratamento que essas pessoas têm recebido na China. Sabemos que a China é um grande país, com um desenvolvimento absurdo, mas a verdade é que a China até algum tempo atrás tinha uma saúde pública muito precária. Estão evoluindo depressa, mas será que estão conseguindo dar um atendimento suficiente para isso? É difícil a gente saber porque é um país que vive numa ditadura e os dados são difíceis de confiar", criticou.