Além do almoço com Witzel, onde tratou de outras questões como pacto federativo, turismo e segurança, o governador de São Paulo participou de mais dois eventos na capital fluminense: o campeonato de tênis Rio Open e o desfile das escolas de samba do Grupo Especial.
Segundo Doria, os governadores reunidos no Fórum recém-criado concordaram em esperar até depois do Carnaval para ter uma resposta à carta enviada por eles na semana passada na qual acusam Bolsonaro de dar declarações que ferem a democracia brasileira. Se a resposta não vier, porém, uma segunda carta poderá ser enviada. De acordo com Doria, "nunca os governadores estiveram tão unidos", e que isso seria responsabilidade das próprias declarações de Bolsonaro.
O grupo de governadores tem conversado diariamente por WhatsApp, segundo o governador paulista, que manifestou preocupação também com o que está ocorrendo no Ceará, onde policiais estão envolvidos em um motim que resultou em disparos contra o senador licenciado Cid Gomes. Doria afirmou que "miliciar a polícia tira a legitimidade da categoria e é uma afronta à Constituição".
"A situação do Ceará nos preocupa. Pensamos em fazer uma nova carta (a Bolsonaro), mas achamos melhor ouvir o presidente Bolsonaro sobre o que já formulamos", disse Doria, afirmando que se o presidente não responder os governadores vão provocá-lo novamente. "Não podemos desbalancear um equilíbrio que a sociedade tem com a polícia", afirmou.