Foi postergado para julho de 2023 o prazo estabelecido anteriormente para liberalização do comércio de veículos pesados, que era de julho de 2020 - Valter Campanato/Agência Brasil
Foi postergado para julho de 2023 o prazo estabelecido anteriormente para liberalização do comércio de veículos pesados, que era de julho de 2020Valter Campanato/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - A possibilidade de paralisação mobilizada pelos caminhoneiros autônomos está descartada neste momento, diz o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim. "Não temos como apoiar nenhum movimento de paralisação neste momento. Não vamos ser irresponsáveis de usar uma pandemia como moeda de troca para nos beneficiarmos das nossas demandas", afirmou ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) sobre rumores de uma eventual nova greve.

Landim, conhecido como Chorão, foi um dos principais representantes da categoria na greve de maio de 2018.

Chorão pondera, contudo, que pode ocorrer uma paralisação de caminhoneiros em virtude da queda na procura por frete. "Se a indústria e o comércio não voltarem a funcionar, pode haver uma paralisação momentânea porque o transportador não irá sair, por exemplo, de Brasília a São Paulo, somente com carga de ida. Isso pode resultar em um desabastecimento até mesmo de alimentos e bebidas", explicou.

A Abrava calcula que a demanda por frete rodoviário diminuiu cerca de 40% desde que os Estados impuseram medidas restrA maior parte das cargas transportadas no momento, segundo a associação, é de grãositivas para conter o avanço do coronavírus. .

"Exceto as dificuldades de falta de condições adequadas nas estradas, sem pontos de descanso e para alimentação, o escoamento da colheita está acontecendo sem maiores problemas logísticos", afirmou Chorão.

Ele destacou que a entidade está em contato com o Ministério da Infraestrutura para resolver os gargalos decorrentes das medidas de quarentena voluntária.

Defesa do isolamento

A entidade também defende a flexibilização do isolamento social. "São necessárias algumas medidas para o mercado voltar a reagir, com reabertura gradual do comércio e da indústria, mas seguindo as orientações do Ministério da Saúde", argumenta Chorão.