Exército pede informações a prefeituras do RJ sobre sepulturas - Daniel Castelo Banco
Exército pede informações a prefeituras do RJ sobre sepulturasDaniel Castelo Banco
Por O Dia

Em apenas uma semana, o número de mortes provocadas pelo novo coronavírus saltou de 93 para 359, quadruplicando a quantidade de casos em todo o país. O índice de letalidade, que era de 3,5% no início da semana, foi a 3,8% na quinta-feira e chegou a 4% no balanço de ontem do Ministério da Saúde. O número de infectados registrou alta considerável: subiu de 7.910 para 9.056 entre quinta-feira e ontem.

Os novos casos são 1.146. O resultado significou aumento de 15% em relação ao total registrado antes. Foi o maior número de novos casos em um dia desde o início da série. Já as novas mortes em um dia também bateram recorde, com 60 casos. Nos quatro dias desta semana, os números foram de 23, 42, 40 e 58. No tocante ao perfil, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres. No recorte por idade, 85% das vítimas tinham acima de 60 anos. Apenas três estados não têm mortes: Acre, Amapá e Tocantins. Ontem, Roraima e Mato Grosso registraram a primeira morte.

Já com relação às doenças de pessoas que faleceram, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 tinham diabetes, 45 passavam por alguma condição respiratória e outros 30 apresentavam alguma patologia neurológica. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.

EQUIPAMENTOS

O ministro Luiz Henrique Mandetta revelou receio em relação ao abastecimento de insumos e equipamentos. A China é responsável por boa parte do mercado e ficou sem exportar durante dois meses. Quando voltou, há algumas semanas, a demanda internacional aumentou.

Governos do Nordeste, exemplificou, adquiriram respiradores e ventiladores de fornecedores chineses. Mas a compra não se confirmou. Com a pandemia, diversos países têm políticas ao mercado interno. "Estamos vendo retenção sobre produções de máscaras. Estamos dialogando com países para ter racionalidade e achar ponto de equilíbrio. Vamos precisar de entendimento para que cada um ultrapasse com dignidade as questões", disse.

 

Mandetta não vai sair do cargo
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Ontem, na coletiva programada no Palácio do Planalto com ministros de várias pastas, Mandetta afirmou que "médico não abandona o paciente" quando questionado se deixaria o cargo.
"Já cansei de terminar plantão na minha vida, e o plantonista que tinha que chegar para me render, para eu poder ir embora, não aparecer, por quaisquer problemas, e eu ficar 24 horas dentro do hospital", declarou Mandetta. 
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A pergunta foi feita um dia após Bolsonaro ter afirmado que ele e Mandetta têm se "bicado há algum tempo" e que o ministro da Saúde "extrapolou" em meio à crise provocada pelo novo coronavírus. Bolsonaro afirmou ainda que nenhum ministro é "indemissível". Nas últimas semanas, os dois têm discordado sobre as formas de combate do coronavírus.
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Primeiro hospital de campanha do governo será em Brasília
O ministro Luiz Henrique Mandetta disse que o governo está desenvolvendo um modelo de hospital de campanha que poderá ser implantado em estados que tenham necessidade. A primeira unidade deverá ficar no entorno de Brasília.
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O projeto vai funcionar como uma espécie de "piloto". "Veremos como a unidade se dará, do ponto zero até hora que está instalada. Após a confecção devemos saber como apoiar os estados", disse.
Além disso, o ministro defendeu mais uma vez que as pessoas atendam às recomendações dos governadores dos seus estados, que têm os melhores números e avaliações sobre a realidade das suas localidades.
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"Cada pessoa que deixa de ir pro CTI é insumo que estamos economizando porque sabemos que podemos ter espiral de casos que vão demandar todo o sistema de saúde", disse o ministro.
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