Em apenas uma semana, o número de mortes provocadas pelo novo coronavírus saltou de 93 para 359, quadruplicando a quantidade de casos em todo o país. O índice de letalidade, que era de 3,5% no início da semana, foi a 3,8% na quinta-feira e chegou a 4% no balanço de ontem do Ministério da Saúde. O número de infectados registrou alta considerável: subiu de 7.910 para 9.056 entre quinta-feira e ontem.
Os novos casos são 1.146. O resultado significou aumento de 15% em relação ao total registrado antes. Foi o maior número de novos casos em um dia desde o início da série. Já as novas mortes em um dia também bateram recorde, com 60 casos. Nos quatro dias desta semana, os números foram de 23, 42, 40 e 58. No tocante ao perfil, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres. No recorte por idade, 85% das vítimas tinham acima de 60 anos. Apenas três estados não têm mortes: Acre, Amapá e Tocantins. Ontem, Roraima e Mato Grosso registraram a primeira morte.
Já com relação às doenças de pessoas que faleceram, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 tinham diabetes, 45 passavam por alguma condição respiratória e outros 30 apresentavam alguma patologia neurológica. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.
EQUIPAMENTOS
O ministro Luiz Henrique Mandetta revelou receio em relação ao abastecimento de insumos e equipamentos. A China é responsável por boa parte do mercado e ficou sem exportar durante dois meses. Quando voltou, há algumas semanas, a demanda internacional aumentou.
Governos do Nordeste, exemplificou, adquiriram respiradores e ventiladores de fornecedores chineses. Mas a compra não se confirmou. Com a pandemia, diversos países têm políticas ao mercado interno. "Estamos vendo retenção sobre produções de máscaras. Estamos dialogando com países para ter racionalidade e achar ponto de equilíbrio. Vamos precisar de entendimento para que cada um ultrapasse com dignidade as questões", disse.