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Brasília viveu ontem um dia de incerteza política. Isso porque um boato sobre possível demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esquentou o clima na capital federal. No fim da tarde, ele e demais ministros do governo compareceram a uma reunião no Palácio do Planalto a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Após o encontro, Mandetta deu coletiva e garantiu que permanece no cargo.

"Nós vamos continuar porque a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome: é a Covid-19. Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar. Vamos continuar", disse Mandetta.

O ministro disse que a reunião no Planalto serviu para mostrar que o governo federal se reposicionou no enfrentamento ao novo coronavírus. "A reunião foi muito produtiva. Acho que o governo se reposiciona de ter mais união, foco. Todos unidos em direção ao problema", declarou.

Repercussão no Congresso

Os presidentes do Senado e do Supremo Tribunal Federal chegaram a mandar recados de que a saída de Mandetta não seria bem vista. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avisou que o presidente poderia ser responsabilizado por medidas que contrariem a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também mandou recado dizendo que não apoiaria a demissão. Segundo a revista Veja, no fim de semana, Acolumbre teria se negado a participar de um encontro com Jair Bolsonaro. Ele teria pedido para que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, transmitissem ao presidente que defenderia "até o fim a permanência de Mandetta".

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