Jair Bolsonaro  - Reprodução
Jair Bolsonaro Reprodução
Por O Dia
Brasília - Em uma transmissão ao vivo na sua página no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro mandou uma indireta ao ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, na noite desta quinta-feira. 

"Parabéns ao Conselho de Medicina do Amazonas que recomendou a cloroquina, inclusive para casos mais leves. É uma chance, uma oportunidade. Se você vai no médico, com toda certeza o médico vai ser favorável (ao uso do medicamento), porque o médico não abandona o paciente, mas o paciente troca de médico. Se você vai no médico e ele receita algo que você sabe que não vai dar certo, você tem o direito de trocar de médico, com todo respeito", disse Bolsonaro. 
O presidente afirmou que o país só tem condições de manter medidas econômicas de combate à crise provocada pela covid-19 por até três ou quatro meses.
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Segundo o presidente, o governo federal já investiu mais de R$ 600 bilhões para minimizar os impactos da crise. "Já ultrapassou os R$ 600 bilhões. É isso que o governo está fazendo: tinha uma ponte que deu uma enchente e arrastou a ponte, estamos agora reconstruindo virtualmente a ponte, mas temos um limite: mais de três ou quatro meses fica complicado", falou Bolsonaro, que disse esperar que "as atividades voltem antes" deste período. "Por mim, quem não tem medo de quarentena já deveria estar trabalhando", defendeu.

De acordo com o presidente da República, alguns governadores e prefeitos já estão com planos de começar a flexibilizar as ações de restrição no combate ao coronavírus. Um dos políticos que deve fazer isso logo, segundo Bolsonaro, é o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que esteve reunido hoje com o presidente. Segundo Bolsonaro, "ao que tudo indica, (o remédio) tem salvado vidas".

"Conversei com o doutor (Roberto) Kalil que confessou, falou, que usou a cloroquina, diferentemente daquele outro cara ligado ao governador", disse Bolsonaro citando o episódio do médico infectologista e coordenador do Centro de Contingência do Estado de São Paulo contra a Covid-19, David Uip, que preferiu não comentar se havia feito uso do remédio durante tratamento contra a doença. Bolsonaro, no entanto, não mencionou o nome de Uip.

Ontem, Uip pediu ao presidente que ele respeite seu direito enquanto paciente de não revelar o que usou durante seu tratamento, afirmando que respeitou Bolsonaro quando ele preferiu não mostrar os resultados de seus exames para covid-19.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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